sábado, setembro 24, 2005

A crítica de Fernando Ramalho...

Reproduzo a mensagem enviada por Fernando Ramalho ao Odair Sene:

Grosseria ao Microfone (Fernando Ramalho)
Manifesto a minha indignação com as palavras proferidas pelo secretário do PS na recepção ao Dr. Mário Soares, na Casa de Portugal de São Paulo que enxovalharam o Consulado de Portugal e que acima de tudo faltaram à verdade, pois a satisfação dos que já usufruíram da modernidade e rapidez dos serviços consulares podem atestar.
Não contestamos aquelas palavras naquele momento para não sermos deseducados com a grande figura que nos visitava.
É desagradável sermos convidados para prestigiar um eminente candidato à Presidência da República Portuguesa e ter de assistir, calado por educação, a discursos de interesses contrariados.
Fica aqui o meu desagravo.
Fernando Ramalho

Não sei se se trata de uma declaração espontânea ou de uma mensagem de publicidade paga.
Não sei onde está o enxovalho do Consulado.
Quem tem sido enxovalhada é a Comunidade.
Mas compreende-se perfeitamente esta reacção de Fernando Ramalho, que tem interesses económicos na defesa do Consulado.
Afinal, a sua Provedoria é economicamente dependente do Consulado, ou não é verdade?...
A Fernando Ramalho não interessa que o Consulado abra as portas a todos os cidadãos; sobretudo não lhe interessa que o Consulado abra as portas aos mais infelizes, aos pobres, qos que não têm «dignidade» para pisar os seus tapetes.
É que, para evitar que esses desgraçados, que também são cidadãos portugueses, apareçam à porta do Consulado, esta repartição contratou com Fernando Ramalho um «atendimento especial» feito pela Provedoria...
É óbvio que se o Consulado abrir e se forem restabelecidas todas as suas obrigações e reafirmados todos os direitos dos cidadãos... Fernando Ramalho vai perder uma importante maquia.
Mais uma achega: é muito importante auditar as relações entre o Consulado e a Provedoria e verificar se os subsidios do ASIC e do ASEC estão a ser correctamente geridos ou se estão a ser filtrados para retirar proveitos políticos da sua utilização.