terça-feira, abril 29, 2008

Fará sentido o Conselho das Comunidades?

São milhões os portugueses espalhados pelo Mundo.
Os sucessivos governos - cujos membros gostam de ser recebidos pelas comunidades da Diáspora quando vão aos estrangeiro - passaram três décadas e meia a engraxar a e oferecer comendas aos lideres das comunidades emigradas mas, em boa verdade, nunca os/as trataram com a dignidades que eles/elas merecem.
Os resultados das últimas eleições para o Conselho das Comunidades Portuguesas são a mais expressiva bofetada que as políticas do «bloco central» para a emigração receberam nos últimos anos.
Menos de 13 mil votantes num universo de milhões de pessoas (mesmo que se conte só a primeira e a segunda geração) é uma resposta significativa.
O problema maior está em que talvez poucos percebam o sentido desse «vão bardamerda», protagonizado, essencialmente, pelas camadas mais jovens, que não aceitam o carneirismo nem a mentalidade colonial que continua a marcar as politicas para as comunidade da diáspora e a tratá-las como sendo de portugueses de segunda.
É bom que pensem nisso... Mas é bom, de outro lado, que a sociedade civil se organize.
Infelizmente, o Estado perdeu completamente a credibilidade para mexer nestas matérias. E - por isso mesmo - a melhor resposta que se lhe pode dar é começar a trabalhar (na sociedade civil) para respostas retumbantes nas eleições legislativas.
Talvez se justifique mesmo voltar a pensar num partido da emigração, antes que voltem a tentar vender as listas a organização mafiosas...

domingo, abril 20, 2008

Que se passa com o CCP?

O Conselho das Comunidades Portuguesas foi a mais importante plataforma de encontro e debate das comunidades portuguesas espalhadas pelo Mundo.
Com altos e baixos, o que é próprio de qualquer organização, conseguiu manter viva uma network de reflexão sobre o papel dos portugueses na sociedade global e assegurar pontes entre plataformas de base regional espalhadas pelo Globo.
Tenho a ideia forma de que os governantes portugueses nunca deram às comunidades da Diáspora a importância que elas merecem.
Sempre as trataram como comunidades de portugueses de segunda, relevando delas apenas o que pode ser elevado ao ridículo no rectângulo original.
Só para me referir a um aspecto (que é crucial) tenho para mim a ideia de que nenhum dos governantes que passaram pelo Ministério dos Negócios Estrangeiros encarou de forma minimamente séria a problemática do folclore como repositório de memória cultural.
Os «ranchos» e «ranchinhos» sempre foram e continuam a ser encarados como expressão residual de uma baixa cultura de um país rural e pobre que já não é o país em que nos revemos, quando é certo que o fenómeno (aliás profundamente estudado pela antropologia social) ultrapassa, de muito longe, essa barbaridade.
Nalguns momentos, o CCP conseguiu mesmo ser uma estrutura incómoda, pelas questões que colocou. Por isso mesmo se compreende a tentação de o transformar num grupo de notáveis, mais ou menos indigitados, que permitirão ter nas «colónias» os olhos e os ouvidos do rei, à boa maneira das satrapias daquele ilustre antecessor de Saddam Hussein que foi o rei Dario I, da Pérsia.
Estranho é ver como toda a gente parece ter fugido, para além do mais com o património acumulado nestes anos...
O site do CCP transformou-se num anúncio de registos de dominio...

segunda-feira, abril 14, 2008

Uma adepta do Porto

Vê-se no YouTube no endereço supra...
Vale a pena apreciar... E guardar como sinal dos tempos.