sexta-feira, dezembro 11, 2009

Drones e «guerra justa»

O meu amigo José Fontão, um capitão de Abril, mandou-me esta excelente peça sobre os «drones»:
«Vejam no anexo como é a guerra moderna.

Os aviões sem piloto (Drones que são armados com bombas e foguetes ) estão no Afeganistão. Os pilotos estão nos Estados Unidos (Colorado), voando por controle remoto e vendo tudo o que se passa à sua frente.

Somente cento e poucos dos trezentos e poucos pilotos de caça formados pela USAF no ano passado foram voar realmente os aviões de caça. O restante recebeu treino em Drones e sentados, em algum lugar do Colorado, pilotam, real time, os Drones que estão a voar no Afeganistão.

" Controladores de Drones "

Estes controladores em Nevada, estão cada um "voando" remotamente um drone a milhares de milhas da zona de combate. A mão esquerda deles está no acelerador, controlando o motor do drone. Prestem atenção a todos os botões que executam várias tarefas sem precisar de retirar a mão do acelerador.
A mão direita está "voando" o avião. Bem vindos à ordem do novo mundo!
Isto é a parafernália da guerra moderna.

Cabeçalhos das notícias de hoje: Mísseis disparados de Nevada em um drone controlado matam líder do Talibã. Observem como é feito.

É impressionante o avanço tecnológico e a capacidade que ele confere aos EUA de gerir boa parte dos conflitos a partir do seu próprio território. Poderá parecer que esta superioridade é decisiva, mas não, e a prova é que estão agora a enviar mais trinta mil homens para o Afeganistão, fora outros contingentes.
Como homem da Infantaria, o que aprendi há mais de meio século, continua válido, o nosso papel na ocupação do terreno continua a ser imprescindível.

Não deixa, porém de ser inquietante a superioridade cada vez maior do poderio militar americano, apesar de se viver já uma situação multipolar com a ascenção de outras potências regionais.
De um modo geral também confiamos na nova administração americana e Obama fez agora uma dissertação extraordinária e muito verdadeira, quer dos seus objectivos, quer das suas intenções.
De um modo geral confiamos nele, mas poderemos viver tranquilos para o futuro se Obama fracassar, do que já há sintomas inquietantes, ou tivermos réplicas graves da crise que lhe tirem o tapete, ou se o assassinarem, possibilidade nada remota?
O conservadorismo americano de sentido imperialista travado no Iraque, voltará à carga nuima situação dessas, tanto mais que do lado democrata há sectores que tambem gostam de policiar o mundo?
Que não nos faleça a esperança
José Fontão»


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