Má sorte a dos madeirenses, em cima de quem caiu o «poder de deus» que, mais uma vez, veio demonstrar que, a existir, não é perfeito.
O comendador Berardo deu a entender que houve milagre, porque se destruir uma capela mas se salvou uma nossa senhora.
O Presidente da República, abalado como todos nós, foi à televisão apresentar as condolências que, seguramente, todos nós queriamos apresentar aos familiares das vitimas. O Governo voou para a Madeira e vai reunir amanhã para decretar um luto nacional de três dias.
Nem Chavez a Juan Carlos se callaram e ofereceram apoio às vitimas, no que foram seguidos pelo Benfica. O Banif, que é um banco madeirense, já abriu uma conta e começaram a multiplicar-se os apelos à solidariedade que se tem traduzido não só em pedidos de dinheiro como na rejeição da oferta de bens.
É o novo estilo da solidariedade, chocantemente transformada em indústria.
A indústria da solidariedade (que, por regra, gera enormes lucros e desfalques) já está em marcha, sem que se veja, mais uma vez, um simples sinal de controlo.
Estamos com um elevadíssimo número de desempregados e ninguém se lembrou de que eles poderiam ser a base para um projeto de voluntariado, visando a reconstrução da Madeira, pagos com um justo salário sem acumulação de mais valias.
Há pessoas que não têm dinheiro mas que estariam dispostas a desfazer-se de alguns dos seus bens, para ajudar os seus compatriotas, como sempre se fez em situações de catástrofe. Mas isso não é, nos nossos dias, politicamente correto., porque desprotege os negócios que uma catástrofe sempre potencia.
Vamos a ver como será...