quinta-feira, março 27, 2014

Pelo preço que ma venderam

Reproduzo de um email anónimo, mas cujas conta batem com as minhas:

"O actual governo de Portugal, para diminuir a dívida externa: pediu emprestados mais 90 mil milhões de euros; reduziu em 35% o rendimento das famílias; cortou 45% do investimento produtivo; destruiu mais de 450.000 postos de trabalho; exportou mais de 250.000 emigrantes; aumentou a carga tributária para 58%; suspendeu quase todas as obras públicas; vendeu a privados, ao preço da uva mijona, empresas e negócios públicos com rendas monopolistas; investiu em Bancos mais de 20.000 milhões de Euros; cortou subsídios e pensões; afrontou de forma continuada a Constituição; desorganizou e desprestigiou a Escola Pública; estrangulou Serviço Nacional de Saúde; atacou os fundamentos da Segurança Social.

Mais: aliou-se ao estrangeiro, sobretudo à Alemanha de Merkel, para atacar os portugueses e a economia nacional; abandonou de vez, à desertificação e aos incêndios, o interior do país; proibiu a reflorestação anunciando o contrário; subsidiou a Igreja Católica e alguns banqueiros com muitos milhares de milhões; nomeou para cargos públicos (?) mais de 10.000 marmanjos e marmanjas com salários e contratos de luxo.

Como resultado de todas estas extraordinárias políticas, a tal dívida de 94 % do PIB, que era para descer, resolveu subir, já está nos 130 %, e teme-se que suba este ano até aos 140 % - o que vai ser, certamente, considerado um enorme êxito, pelo governo, e muito sustentável, pelo Presidente da República!"

domingo, março 23, 2014

Crimeia

São Paulo, 22 de março de 2014


   Não consigo entender os políticos europeus que criticam a integração da Crimeia na Rússia, quando é certo que a população foi chamada a pronunciar-se sobre o assunto e votou massivamente pela integração.
Os portugueses foram integrados na União Europeia e no sistema monetário do euro, sem que alguém lhes perguntasse o que quer que fosse.


sexta-feira, março 21, 2014

São Paulo, 21 de março de 2014


Leio isto num jornal digital, citando fontes portuguesas:

"A ex-ministra das Finanças, Manuela Ferreira Leite, afirma que Portugal é hoje um país pobre, sem jovens e sem futuro, apesar de ter cumprido o acordado no memorando de entendimento com a “troika”.
"Cumprimos tudo, mas há uma resposta que não foi dada: o que acontece às pessoas, onde estão os jovens, onde está o Estado social, é que não há resposta para isto", disse a ex-governante, no Fórum das Políticas Públicas 2014, a decorrer em Lisboa.
"Temos um país pobre, sem jovens e sem futuro. Se não é isso que queremos, algo está mal. Quer dizer que as regras europeias não estão a condizer com o espírito do Estado social", afirmou.
Manuela Ferreira Leite apelou ainda para uma discussão aberta sobre o Estado social.
O Estado social "revela-se muito caro e temos de o discutir", defendeu, acrescentando que a discussão "não pode resumir-se às regras" e criticando o actual entendimento que está muito baseado no cumprimento de normas.
"É a mesma coisa que dizerem que vai fazer uma cirurgia, mas o paciente também quer saber qual a sua qualidade de vida" depois da operação, explicou."
Penso que Francisco Sá Carneiro diria o mesmo, se cá estivesse.
A dicotomia que hoje divide a sociedade portuguesa distingue os que entendem que o Estado deve continuar, como pessoa coletiva, organizadora do interesse social, ou que deve ser liquidado, mais ou menos à maneira da liquidação das antigas "democracias populares" dividindo-se as receitas pelos plutocratas e pelos oligarcas que tomaram conta do poder.
Há muitas maneiras de tomar o poder: uma delas é começar como consultor de uma agência de rating ou de um banco de investimentos e posicionar-se para participar nos lobbys da dívida pública e da dívida privada.