quarta-feira, dezembro 22, 2010

A falência do BPN e os interesses pessoais

Reproduzo do jornal i:
«O candidato apoiado pelo Partido Comunista acusou, no debate na TVI, Cavaco Silva de "acordo estratégico" com o governo na nacionalização do BPN. "Em 2008, o acordo estratégico entre o Presidente da República e o governo permitiu, que em apenas quatro dias, houvesse um entendimento para a publicação da lei" de nacionalização do banco, referiu. Francisco Lopes garantiu ainda que, se fosse Presidente, "não usaria o poder de promulgação como fez Cavaco Silva para acomodar os prejuízos do BPN no Estado". O candidato lembrou ainda que o ex-presidente do BPN Oliveira e Costa foi "financiador" e "apoiante" de Cavaco Silva nas últimas presidenciais.
O Presidente/candidato, mais moderado nos ataques ao adversário, não respondeu à questão do BPN, garantindo que, se for eleito, irá "exercer uma magistratura activa" no sentido de encontrar soluções principalmente no que diz respeito ao desemprego e à divida externa do país.»
Na altura própria, os jornais noticiaram que o Prof. Cavaco salvou o dinheiro que tinha no BPN.
Em 3/6/2009, o Presidente da República confessava que uma boa parte das suas poupanças estavam no BPN. (Público).
É perfeitamente legítimo questionar se a nacionalização não teve como único objetivo salvar estas poupanças e as de outras pessoas colocadas em situação idêntica.
O que não se compreende é que todos os dias sejam declaradas insolventes empresas que empregam milhares de trabalhadores e que um banco que é insolvente seja nacionalizado, arrastando-se os seus prejuizos para o Estado.