Morreu o José Lello.
Foi meu amigo.
A partir de 2005 considerei que era um canalha e cortei relações com ele.
Mandei-o à merda e deixei-o de mão estendida no SNOB.
Assistiram o Albino e Zé Mateus.
Depois fomos colegas.
Eu foi atacado por um cancro (2012), que eu amo e com quem convivo.
Ele também... e parece que resolveu combatê-lo, como se não fosse parte dele próprio.
Como diz o Nuno Gil, ninguém morre do cancro. Morre-se é da cura.
Não estou contente por ele ter morrido, porque este mundo sem canalhas era uma sensaboria, uma merda.
Mas não posso deixar de garder les distances e de lhe prestar a homenagem que merece.
Vá ao canto superior esquerdo e procure lello.
Encontrará muitos documentos importantes.
O instante do passamento desse canalha inspirou-me a escrever isto em sua homenagem:
"Morreu José Lello, uma personalidade com quem me cruzei durante anos, a quem confiei uma amizade que ele traiu e com quem cortei relações, porque nunca me dei bem com canalhas.
Saí do Partido Socialista, em boa parte, por causa dele e da sua perniciosa ação nas Comunidades da Diáspora.
Lello era, essencialmente, um grande manipulador. Com poder; a quem os demais davam cobertura.
Conseguiu fazer desaparecer toda a documentação de um congresso - o da Federação do PS no Brasil - e anular tudo o que foi deliberado pelos militantes.
São testemunhas disto o Carlos Luis, o Alberto Antunes e outros dirigentes que se deslocaram ao mesmo congresso a convite do Joaquim Magalhães.
Perseguiu inexoravelmente um dos melhores e mais sérios dirigentes do PS nas Comunidades, o Manuel de Melo, de Genebra, a quem conseguiu impor o desemprego.
Perseguiu o jornalista Oliveira Nunes, no Rio de Janeiro, quando este se preparava para contar histórias menos abonatórias da atividade do PS no Brasil.
Lello era, para além de incompetente, extremamente desumano.
Apesar de tudo, porque a morte não se deseja a ninguém, paz à sua alma.
E que as polícias e os historiadores continuem a investigar o que não foi investigado.
Ao menos para que se tenha a noção da verdade histórica.
talvez seja a hora de bicheiros falarem.
O tempo do Lello poderoso foi este em que saí do Partido Socialista.
Vou pensar em regressar..."