O Ministério Público vem
sustentando uma tese segundo a qual José Sócrates é um corrupto e um amigo é o
intermediário da corrupção.
Empresas e pessoas
individuais terão corrompido o ex-primeiro-ministro, obtendo dele favores que
tiveram como contrapartida depósitos nas contas do amigo.
Uma tese deste tipo é admissível
como operação de marketing durante dois ou três meses, mas é insustentável
durante mais tempo, sob pena de termo o direito de pensar que o Ministério
Público é um agente caluniador.
Não se aguenta mais este
espetáculo.
Se o homem é corrupto
acusem-no, apresentem provas e julguem-nos.
Se não é, demitam-se e
peçam-nos desculpa.
Lisboa, 5 de fevereiro de
2017-02-04