São milhões os portugueses espalhados pelo Mundo.
Os sucessivos governos - cujos membros gostam de ser recebidos pelas comunidades da Diáspora quando vão aos estrangeiro - passaram três décadas e meia a engraxar a e oferecer comendas aos lideres das comunidades emigradas mas, em boa verdade, nunca os/as trataram com a dignidades que eles/elas merecem.
Os resultados das últimas eleições para o Conselho das Comunidades Portuguesas são a mais expressiva bofetada que as políticas do «bloco central» para a emigração receberam nos últimos anos.
Menos de 13 mil votantes num universo de milhões de pessoas (mesmo que se conte só a primeira e a segunda geração) é uma resposta significativa.
O problema maior está em que talvez poucos percebam o sentido desse «vão bardamerda», protagonizado, essencialmente, pelas camadas mais jovens, que não aceitam o carneirismo nem a mentalidade colonial que continua a marcar as politicas para as comunidade da diáspora e a tratá-las como sendo de portugueses de segunda.
É bom que pensem nisso... Mas é bom, de outro lado, que a sociedade civil se organize.
Infelizmente, o Estado perdeu completamente a credibilidade para mexer nestas matérias. E - por isso mesmo - a melhor resposta que se lhe pode dar é começar a trabalhar (na sociedade civil) para respostas retumbantes nas eleições legislativas.
Talvez se justifique mesmo voltar a pensar num partido da emigração, antes que voltem a tentar vender as listas a organização mafiosas...