segunda-feira, maio 16, 2005

Terrenos da Cerca estão a sofrer obras de requalificação ao abrigo do programa Polis

Chegou-me este texto, que terá sido publicado no "Jornal de Notícias":

«Está instalada a polémica entre o advogado da fábrica Mortensen, situada junto aos antigos terrenos da Cerca, que estão a ser alvo de uma requalificação no âmbito do programa Polis, e a Câmara da Marinha Grande. O causídico acusa a autarquia de não ter cuidados ambientais com toneladas de resíduos metais,
designadamente chumbo, que teriam sido depositadas na zona. Ameaça mesmo embargar a obra. O líder do executivo questiona o facto destas suspeitas surgirem seis meses depois do início da intervenção na Cerca.S
egundo o advogado Miguel Reis, "desde o início da fabricação do vidro, há 300 anos, que se utiliza chumbo, pelo que aqueles terrenos terão toneladas de resíduos".
"A remoção de terra e o seu transporte, ninguém sabe muito bem para onde, poderá ter consequências ambientais muito negativas e até contaminar um curso de água que atravessa a zona da Cerca", acusa.
Tal situação, estará a verificar-se também "numa parcela de terreno, da qual é arrendatário o empresário Jorgen Mortensen", afirma, adiantando estar a "ultimar uma queixa que será enviada para as instâncias comunitárias", preferindo, para já, não revelar mais pormenores.
"A existência daquele material pesado é-nos completamente alheia, uma vez que esta fábrica foi a primeira a fabricar vidro sem chumbo", garante Miguel Reis.
O presidente da Câmara lamenta que tais "acusações sejam feitas, numa altura em que o tribunal aprovou o encerramento da vidreira".
Álvaro Órfão admite que possa "existir ali alguma poluição", mas lembra que "durante anos, aqueles terrenos foram explorados para agricultura pelos vidreiros e nunca nada lhes aconteceu". O autarca considera que as suspeitas não passam de "um acto de vingança".
"São declarações falsas e caluniosas que pretendem prejudicar a indústria do vidro", diz, sublinhando estar "tranquilo" quanto ao avanço da requalificação da zona.
"As obras começaram há seis meses e deverão estar prontas até final do ano", assegura.»
As minhas declarações foram deformadas... Mas, independentemente disso, é difamatório o que afirma Álvaro Órfão.
Vou pensar seriamente no que farei... É uma tristeza que um homem por quem eu tinha consideração possa tomar atitudes destas.