sábado, maio 24, 2008

Patético

Leio no JN e não quero acreditar no que leio:

«Novas vagas serão abertas no próximo ano para suprir a carência de agentes de investigação criminal na Polícia Judiciária, prometeu ontem o ministro Alberto Costa.
Tais vagas serão parte da quota autorizada (um quinto das saídas do Ministério da Justiça no decorrer deste ano).
A decisão foi anunciada ontem, em Loures, no começo da formação de uma leva de 150 candidatos a inspectores da PJ.
Seria preciso acrescentar 400 aos actuais 1300, contrapõe a associação sindical destes profissionais.São todos licenciados, a maioria em Direito.
Nenhum especializado já em informática.
O ministro desvaloriza, dizendo ao JN que o curso os habilitará também a combater crimes de colarinho branco com essas ferramentas.
São mais mulheres que homens. Média de idades situada nos 27. Até Março do próximo ano, vão frequentar um curso com 700 horas no Instituto Superior de Polícia Judiciária e Ciências Criminais. Farão um estágio e poderão integrar o corpo de agentes de investigação.
O que só acontecerá em 2010.
Alberto Costa, na sessão inaugural do curso, referiu que as eventuais admissões dos formandos à Função Pública são "conseguidas em contra-ciclo". Aludia o ministro da Justiça às restrições existentes. Ficou a promessa de reserva de vagas entre as saídas em 2008 de todo o ministério, canalizando um quinto delas para "um reduzido número de carreiras estratégicas". Nestas inclui-se a de investigação criminal.
Talvez meia centena de lugares para inspectores, admitiu depois Alberto Costa. Não serão estas vagas, nem as que vierem a ser ocupadas pelo grupo dos agora formandos que resolverão a escassez nos quadros. Agora existem 1300 agentes de investigação criminal. Já foram mais de 1500. Segundo Carlos Anjos, da Associação Sindical dos Funcionários de Investigação Criminal, "o razoável seria haver 1700 investigadores", o que o ritmo dos concursos parece inviabiliável no médio prazo.
Por isso, Carlos Anjos remete para a questão do pagamento de horas extraordinárias, apostando em que "o dr. Almeida Rodrigues (director da PJ) irá tentar resolver o problema". E isto porque, "não podemos ter um horário das 8 às 20, pois não é esse o dos criminosos".