O que está a acontecer na Líbia é, literalmente, uma vergonha.
Houve um teste antes, na Costa do Marfim. Os franceses e a ONU depuseram Laurent Gbagbo para colocar no poder um funcionário do FMI, Alassane Ouattara. O país está há meses em guerra civil.
Na Líbia, não há noticia de protestos contra o regime do coronel Kadhafi antes de Fevereiro de 2011.
Neste mês, o preço do petróleo atingiu os 110 dolares. E começaram a ser difundidas notícias de distúrbios em várias cidades do norte.
Dirigentes americanos reconheceram que os serviços de inteligência tinham passado a apoiar os «rebeldes», que passaram a aparecer nas televisões, sem que se lhes conheça a origem e, muito menos, a história.
Kadhafi tomou o poder em 1969 e conseguiu uma coisa especialmente notável, num tempo em que todo o Ocidente está falido: conseguiu depositar nos bancos europeus mais de 100.000 milhões de euros, verba notável, para um pais que não tem mais de 6 milhões de habitantes.
A Líbia era, até 2011, o país africano com maior nível de desenvolvimento humano, de acordo com os critérios das Nações Unidas.
Sendo um regime autoritário, não era, porém um regime tão fechado como o são a China, a Arábia Saudita ou qualquer dos países árabes do Golfo.
A guerra da Líbia não tem, obviamente, nada a ver com defesa de direitos humanos, perante um ditador que não exerce o poder de forma mais dura que muitos aliados dos países ocidentais envolvidos no assalto.
Do que se trata é, tão só, de roubar o dinheiro que Kadhafi acumulou em nome do estado líbio, ao longo dos últimos 40 anos e que colocou nos bancos europeus e americanos.
A Mubarak – que os enganou, depositando o que roubou e depositou em seu nome em Israel – fizeram a humilhação de o levar a tribunal numa maca, porque ousou isso e preteriu Londres, Paris e Roma.
É incrível como esta Europa, que é um berço de civilizações pode ter um homem com a pinta de Rasmussen à frente de uma organização que se afirma defensora da democratização.
Só a cara indicia o suicídio da democracia.
05/09/2011
Houve um teste antes, na Costa do Marfim. Os franceses e a ONU depuseram Laurent Gbagbo para colocar no poder um funcionário do FMI, Alassane Ouattara. O país está há meses em guerra civil.
Na Líbia, não há noticia de protestos contra o regime do coronel Kadhafi antes de Fevereiro de 2011.
Neste mês, o preço do petróleo atingiu os 110 dolares. E começaram a ser difundidas notícias de distúrbios em várias cidades do norte.
Dirigentes americanos reconheceram que os serviços de inteligência tinham passado a apoiar os «rebeldes», que passaram a aparecer nas televisões, sem que se lhes conheça a origem e, muito menos, a história.
Kadhafi tomou o poder em 1969 e conseguiu uma coisa especialmente notável, num tempo em que todo o Ocidente está falido: conseguiu depositar nos bancos europeus mais de 100.000 milhões de euros, verba notável, para um pais que não tem mais de 6 milhões de habitantes.
A Líbia era, até 2011, o país africano com maior nível de desenvolvimento humano, de acordo com os critérios das Nações Unidas.
Sendo um regime autoritário, não era, porém um regime tão fechado como o são a China, a Arábia Saudita ou qualquer dos países árabes do Golfo.
A guerra da Líbia não tem, obviamente, nada a ver com defesa de direitos humanos, perante um ditador que não exerce o poder de forma mais dura que muitos aliados dos países ocidentais envolvidos no assalto.
Do que se trata é, tão só, de roubar o dinheiro que Kadhafi acumulou em nome do estado líbio, ao longo dos últimos 40 anos e que colocou nos bancos europeus e americanos.
A Mubarak – que os enganou, depositando o que roubou e depositou em seu nome em Israel – fizeram a humilhação de o levar a tribunal numa maca, porque ousou isso e preteriu Londres, Paris e Roma.
É incrível como esta Europa, que é um berço de civilizações pode ter um homem com a pinta de Rasmussen à frente de uma organização que se afirma defensora da democratização.
Só a cara indicia o suicídio da democracia.
05/09/2011