O português Agostinho Ferreira Alves, de 55 anos, vai ser amanhã levado à presença de um juiz do sultanato de Omã que pode confirmar a sua condenação pela prática de um crime que tudo indica que não cometeu.
Poderá não ter advogado a assisti-lo se os colegas que contactei em Muscate não abrirem o e_mail a tempo de o acompanhar no tribunal.
À hora em que seu filho Benedito me contactou para informar que o pai ia ser julgado amanhã todos os escritórios já estavam fechados na capital omanita. E o homem continuava sem ter nenhuma referência o processo, sabendo apenas que lá estaria a portuguesa Ana Maria Lima, que se dispôs a traduzir o que for dito por Agostinho.
Todos os esforços feitos nos últimos dias para obter informações sobre o processo (nomeadamente o número e o tribunal em que pende) foram foradas, o que nos leva a suspeitar da veracidade das informações do Ministério dos Negócios Estrangeiros sobre o apoio concedido a Agostinho Alves.
É fundamental que se proceda a um rigoroso inquérito sobre esta situação e sobre as diligências feitas para, segundo foi tornado público, apoiar o referido cidadão.
Se o apoio se resumiu, como me disseram, à entrega de um saquinho de maçãs, teremos que concluir que o País não está bem.
Uma coisa é certa: Agostinho e a família foram enrolados e enganados durante todo este tempo. E, por isso, o malogrado português está sem apoio jurídico num país em que não conhece as regras nem a língua.