Lisboa, 18 Jul (Lusa) - A libanesa Ibtissam Abibe e o seu filho de nacionalidade portuguesa que deixaram o Líbano chegaram hoje às 09:20 a Lisboa, fugidos de uma situação "muito difícil" e com críticas ao Ministério dos Negócios Estrangeiros português.
No domingo, Ibtissam Abibe, casada com um português, e o seu filho de seis anos saíram do Líbano de autocarro, "numa longa viagem" de mais de cinco horas para Damasco, na Síria, de onde partiram segunda-feira para Madrid de avião.
Na manhã de hoje, enquanto esperava pela mulher, Nelson Abibe, natural da Guiné-Bissau com ascendência libanesa e nacionalidade portuguesa, criticou a actuação do Ministério dos Negócios Português, a quem pediu ajuda quando na semana passada começou o conflito no Líbano.
Nelson Abibe pediu ajuda para o regresso a Portugal da mulher e do filho, mas o MNE nunca soube dar informações sobre a localização dos dois, adiantou.
Este português acrescentou ainda que foi ele próprio a dar as indicações, adiantando que o MNE não cumpriu uma promessa de que teria hoje no Aeroporto de Lisboa um dos seus representantes à espera de Ibtissam Abibe.
Esta informação é contudo negada por fonte oficial do MNE, que disse à Lusa que a Direcção-Geral dos Assuntos Consulares e Nelson Abibe conversaram diversas vezes ao longo dos últimos dias.
A mesma fonte do MNE acrescentou que um representante da Direcção-Geral dos Assuntos Consulares esteve hoje de manhã no aeroporto e entrou em contacto com Nelson Abibe, que no entanto o "expulsou" de ao pé de si.
à chegada, Ibtissam Abibe explicou que a ajuda que recebeu foi da embaixada espanhola, responsável pelo seu regresso a Portugal.
Sobre a situação que se vive no Líbano, Ibtissam Abibe disse que é "confusa, com tudo fechado", nomeadamente o aeroporto, e que "não há comida".
Ibtissam e Nélson casaram-se em 1998 em Portugal, onde viveram até 2001, ano em que foi negado o visto de residência a Ibtissam Abibe, por alegadamente não ter ligações suficientemente fortes a Portugal.
Depois da recusa, os dois foram para a Guiné-Bissau e no final do ano passado, Ibtissam Abibe foi para o Líbano de férias e também com o objectivo de solicitar o reagrupamento familiar, que se faria em Portugal.
Nelson Abibe garantiu que agora vai voltar a pedir o visto de residência para mulher e inscrever o filho numa escola portuguesa, "nem que seja particular".
SB.
Lusa/fim
No domingo, Ibtissam Abibe, casada com um português, e o seu filho de seis anos saíram do Líbano de autocarro, "numa longa viagem" de mais de cinco horas para Damasco, na Síria, de onde partiram segunda-feira para Madrid de avião.
Na manhã de hoje, enquanto esperava pela mulher, Nelson Abibe, natural da Guiné-Bissau com ascendência libanesa e nacionalidade portuguesa, criticou a actuação do Ministério dos Negócios Português, a quem pediu ajuda quando na semana passada começou o conflito no Líbano.
Nelson Abibe pediu ajuda para o regresso a Portugal da mulher e do filho, mas o MNE nunca soube dar informações sobre a localização dos dois, adiantou.
Este português acrescentou ainda que foi ele próprio a dar as indicações, adiantando que o MNE não cumpriu uma promessa de que teria hoje no Aeroporto de Lisboa um dos seus representantes à espera de Ibtissam Abibe.
Esta informação é contudo negada por fonte oficial do MNE, que disse à Lusa que a Direcção-Geral dos Assuntos Consulares e Nelson Abibe conversaram diversas vezes ao longo dos últimos dias.
A mesma fonte do MNE acrescentou que um representante da Direcção-Geral dos Assuntos Consulares esteve hoje de manhã no aeroporto e entrou em contacto com Nelson Abibe, que no entanto o "expulsou" de ao pé de si.
à chegada, Ibtissam Abibe explicou que a ajuda que recebeu foi da embaixada espanhola, responsável pelo seu regresso a Portugal.
Sobre a situação que se vive no Líbano, Ibtissam Abibe disse que é "confusa, com tudo fechado", nomeadamente o aeroporto, e que "não há comida".
Ibtissam e Nélson casaram-se em 1998 em Portugal, onde viveram até 2001, ano em que foi negado o visto de residência a Ibtissam Abibe, por alegadamente não ter ligações suficientemente fortes a Portugal.
Depois da recusa, os dois foram para a Guiné-Bissau e no final do ano passado, Ibtissam Abibe foi para o Líbano de férias e também com o objectivo de solicitar o reagrupamento familiar, que se faria em Portugal.
Nelson Abibe garantiu que agora vai voltar a pedir o visto de residência para mulher e inscrever o filho numa escola portuguesa, "nem que seja particular".
SB.
Lusa/fim