Citando o Claro:
Depois da denúncia de Paulo Morais da "pilhagem organizada"
EMPRESÁRIO HENRIQUE NETO PARTE A LOIÇA DO
COMPLEXO NEO-CORPORATIVO E SALAZARENTO
Henrique Neto decidiu hoje falar claro. Depois das recentes declarações de Paulo Morais sobre a "pilhagem organizada", foi agora a vez de Henrique Neto pôr a nú o complexo económico neo-corporativo e salazarento... Segundo a Lusa, o empresário líder da Iberomoldes, que falava num debate sobre política energética, organizado pela Sedes e pelo Fórum para a Competitividade, na Ordem dos Engenheiros, considerou o sector energético "apenas um exemplo, talvez algo patético, mas certamente trágico", de uma realidade em que aqueles interesses actuam "praticamente à luz do dia, sem nunca terem sido investigados", o que entendeu ser "a melhor demonstração do seu poder e da impunidade com que se movem".
A raiz das considerações de Henrique Neto está no processo de privatização da Petrogal que o levou a criticar Pina Moura, ministro das Finanças e da Economia no governo de António Guterres, Diogo Freitas do Amaral, então presidente da Petrocontrol, bem como a maioria dos investidores da empresa, com excepção de Manuel Bullosa.
O processo de privatização da Petrogal passou pela venda, em 17 de Janeiro de 2000, da posição dos accionistas privados portugueses, agrupados na Petrocontrol, presidida por Diogo Freitas do Amaral, e na entrada dos italianos da ENI no capital da Galp com uma posição de 33,34 por cento, era então Pina Moura ministro das Finanças e da Economia no governo de António Guterres.
Henrique Neto perguntou pelas razões que levam "o nosso sistema político a silenciar este negócio".
Particularmente crítico relativamente ao ex-ministro de Guterres, Henrique Neto lembrou que "este silêncio continua estranhamente a permitir que o Dr. Pina Moura possa continuar a ser simultaneamente deputado da República, presidente da empresa Iberdrola em Portugal - que concorre com o sector energético nacional - e administrador da empresa sucessora da Petrogal, a Galp". Invocou a propósito Sousa Franco, "que teve a coragem de dizer o óbvio, na sua famosa frase «o homem dos espanhóis»", uma alusão ao então ministro das Finanças e da Economia no governo de Guterres.
Para Henrique Neto, "tudo tem sido feito - ou pelo menos assim tem resultado - no sentido de enfraquecer as empresas nacionais e facilitar a penetração das empresas espanholas".
Questionando "Porque o fazem? Com que interesse?", o vice- presidente da AIP apresentou as respostas quase imediatamente:"tratando-se de pessoas inteligentes, a razão da insanidade mental será de excluir".
Henrique Neto considerou ainda que "a promiscuidade entre a política, os governos e alguns grupos económicos conduziu a que estes se tenham vindo a abrigar da concorrência externa e a viver para os negócios do Estado, com o Estado e para o Estado".
Henrique Neto defende que esta situação é insustentável, "já que nenhum país pode sobreviver satisfatoriamente com uma parte tão relevante da sua economia a dormir na cama com os governos e a fugir da concorrência internacional".
Certo é que "os negócios do Estado já permitiram que bastantes tenham ficado injusta mas faustosamente ricos, ao mesmo tempo que a Nação, no dizer do Dr. Durão Barroso, está de tanga", concluiu Henrique Neto.
EMPRESÁRIO HENRIQUE NETO PARTE A LOIÇA DO
COMPLEXO NEO-CORPORATIVO E SALAZARENTO
Henrique Neto decidiu hoje falar claro. Depois das recentes declarações de Paulo Morais sobre a "pilhagem organizada", foi agora a vez de Henrique Neto pôr a nú o complexo económico neo-corporativo e salazarento... Segundo a Lusa, o empresário líder da Iberomoldes, que falava num debate sobre política energética, organizado pela Sedes e pelo Fórum para a Competitividade, na Ordem dos Engenheiros, considerou o sector energético "apenas um exemplo, talvez algo patético, mas certamente trágico", de uma realidade em que aqueles interesses actuam "praticamente à luz do dia, sem nunca terem sido investigados", o que entendeu ser "a melhor demonstração do seu poder e da impunidade com que se movem".
A raiz das considerações de Henrique Neto está no processo de privatização da Petrogal que o levou a criticar Pina Moura, ministro das Finanças e da Economia no governo de António Guterres, Diogo Freitas do Amaral, então presidente da Petrocontrol, bem como a maioria dos investidores da empresa, com excepção de Manuel Bullosa.
O processo de privatização da Petrogal passou pela venda, em 17 de Janeiro de 2000, da posição dos accionistas privados portugueses, agrupados na Petrocontrol, presidida por Diogo Freitas do Amaral, e na entrada dos italianos da ENI no capital da Galp com uma posição de 33,34 por cento, era então Pina Moura ministro das Finanças e da Economia no governo de António Guterres.
Henrique Neto perguntou pelas razões que levam "o nosso sistema político a silenciar este negócio".
Particularmente crítico relativamente ao ex-ministro de Guterres, Henrique Neto lembrou que "este silêncio continua estranhamente a permitir que o Dr. Pina Moura possa continuar a ser simultaneamente deputado da República, presidente da empresa Iberdrola em Portugal - que concorre com o sector energético nacional - e administrador da empresa sucessora da Petrogal, a Galp". Invocou a propósito Sousa Franco, "que teve a coragem de dizer o óbvio, na sua famosa frase «o homem dos espanhóis»", uma alusão ao então ministro das Finanças e da Economia no governo de Guterres.
Para Henrique Neto, "tudo tem sido feito - ou pelo menos assim tem resultado - no sentido de enfraquecer as empresas nacionais e facilitar a penetração das empresas espanholas".
Questionando "Porque o fazem? Com que interesse?", o vice- presidente da AIP apresentou as respostas quase imediatamente:"tratando-se de pessoas inteligentes, a razão da insanidade mental será de excluir".
Henrique Neto considerou ainda que "a promiscuidade entre a política, os governos e alguns grupos económicos conduziu a que estes se tenham vindo a abrigar da concorrência externa e a viver para os negócios do Estado, com o Estado e para o Estado".
Henrique Neto defende que esta situação é insustentável, "já que nenhum país pode sobreviver satisfatoriamente com uma parte tão relevante da sua economia a dormir na cama com os governos e a fugir da concorrência internacional".
Certo é que "os negócios do Estado já permitiram que bastantes tenham ficado injusta mas faustosamente ricos, ao mesmo tempo que a Nação, no dizer do Dr. Durão Barroso, está de tanga", concluiu Henrique Neto.