José Miguel Júdice teve a amabilidade de responder imediatamente ao meu post...
Porque estou no Brasil e não li a entrevista na integra, fiz um comentário contextualizado apenas pelos excertos que me chegaram.
Não fica, porém, prejudicado nada de essencial.
Os problemas essenciais da prestação de serviços jurídicos às entidades públicas estão na cartelização e na falta de transparência.
Aqui fica a resposta de José Miguel Júdice:
«Caro Miguel
Se lerem com atenção o que digo - e não o que não digo... - verão que defendo precisamente que a escolha de Advogados pelo Estado seja transparente (justificação das decisões) e que seja feita por consulta (e não por escolha apenas discricionária). defendo ainda que nenhuma das maiores sociedades portuguesas quer privilégio ou que sejam tratados como um oligopólio para prestação de serviços, mas tão somente que sejam consultadas, consultandoo Estado outros que queira tambem consultar, e que depois o Estado decida. E acho que isso se deve aplicar a Câmaras e outras entidades publicas.
Nunca disse que não há excelentes e seguramente melhores advogados noutras sociedades ou a trabalhar sozinhos, nem que não tenham melhor relação custo/beneficio. O que não posso aceitar - e por isso me insurgi na entrevista - é a tese de que se o Estado escolhe uma equipa de advogados (e na operação em questão estiveram mobilizados durante mais de dois anos um grupo muito superior a 10 advogados de várias áreas) da maior sociedade de advogados portuguesa, para tratar de tipos de assuntos que a iniciativa privada regularmente nos pede, seja a sociedade que tem de explicar!
E volta para o trabalho que está a apertar ... e nem é para o Estado!
abraço do
José Miguel