Portugal esteve representado por Cavaco Silva e José Sócrates na Cimeira Ibero-Americana, em Montevideu.
O prato forte foram as politicas de imigração.
Segundo os jornais «o primeiro-ministro, José Sócrates, defendeu uma "abertura responsável" à imigração, garantindo que Portugal pratica essa política e se insere numa União Europeia que tem como valores o realismo, a tolerância e o humanismo».
Sócrates, que tem dado ao país a imagem de um homem de acção começa a manifestar um claro cansaço, com discursos repetidos e forçados, perante a inacção da burocracia que afecta Portugal.
O governo está no poder há ano e meio e não fez nada de sensível nesta área. Tem uma proposta de lei razoável, a aguardar aprovação na Assembleia da República. Mas corre o risco de não ter imigrantes, quando a lei for aprovada.
Uma boa parte deles - os melhores ou os mais arrojados - já partiram para outros países, cansados de esperar, na situação de ilegalidade em que viviam.
E afinal - como sustento há longo tempo - seria tudo tão simples, se houvesse bom senso. Bastava que se desse uma oportunidade aos que têm trabalho, para procederem a um registo (via Internet, naturalmente) informando dos seus dados e dos dados da entidade patronal, com referência, naturalmente, à data de admissão.
O mesmo programa informático, poderia gerar os dados para a contabilização imediata dos impostos e dos créditos da Segurança Social.
Este é o tipo de medidas que não pode ser adiado. Para além do cansaço que a insegurança gera, são milhões os valores que o Estado e a Segurança Social perdem todos os dias.
Os discursos são muito bonitos, mas ao cabo de se matraquearem tanto tempo sem acção transformam-se em conversas da treta que só desacreditam quem os profere.