Continua a falar-se da viagem de Mário Soares a S. Paulo e das criticas que foram proferidas relativamente ao funcionamento do Consulado de Portugal e que Mário Soares reiterou em diversas intervenções, a mais dura das quais no discurso que proferiu na Portuguesa.
Escreve Odair Sene no seu blog:
O mal-estar causado durante o almoço na Casa de Portugal de São Paulo, para apoio à candidatura do Dr. Mário Soares, continua dando o que falar entre pessoas que lá estiveram e, democraticamente, se sentem no dever de defender ou reafirmar as críticas recebidas pelo órgão, o qual, aliás, não se manifestou em nenhum momento.
Em um grupo de discussões que tem por objetivo de divulgar qualquer assunto ligado aos portugueses e as comunidades, muitos externaram e expressaram opiniões a respeito. Chagaram até a reproduzir textos publicados aqui pelo Mundo Lusíada como se estivesse “retirado” de um outro portal de notícias. Com isso, novos comentários surgiram.
O Mundo Lusíada recebeu dois comunicados enviados diretamente à nossa redação, para publicação. Uma do Sr. Fernando Diniz, diretor do Lar da Provedoria (única entidade de São Paulo que goza da atenção do cônsul) e outra manifestação veio do próprio Joaquim Magalhães, que leu o polêmico texto em questão.
Democraticamente, a seguir vão as duas opiniões: Escrito por Odair Sene às 15h36
Consulado de São Paulo - Até quando a perseguição
Mais uma vez o nosso Cônsul foi alvo de críticas. Mas por que será esta perseguição? Será que algumas pessoas foram prejudicadas nos seus interesses pessoais? Se foram, não interessa. O interesse maior é a imagem de Portugal.
E esta sim, foi muito valorizada. A mudança do consulado e a mudança no atendimento trouxeram algumas dificuldades no início, mas agora não existe mais razão. Quem usa o Consulado sabe bem disso.
Será que essa perseguição foi por causa do Sr. Cônsul virar-se para os portugueses mais desfavorecidos? O Consulado em parceria com a Provedoria da Comunidade Portuguesa de São Paulo dobrou a capacidade de internação no Lar de Idosos da Provedoria e juntos abriram um escritório para atender aos portugueses carenciados.
Sem medo nenhum de errar, foi a melhor obra para não dizer a única já feita em São Paulo, em beneficio dos portugueses.
Peço a quem tenha dúvidas, que nos faça uma visita no nosso escritório e constate aquilo que afirmo.
Centro de Apoio a Portugueses Carenciados
End; Ed. Casa de Portugal - Av. da Liberdade, n.º 602 –Tel. 3399-4305
Fernando Dinis
Consulado de São Paulo - Estalou o verniz
Longe de mim criar qualquer tipo de polêmica com pessoas que respeito e com as quais sempre tenho procurado uma boa convivência, na base do bom trato e educação.
Não posso é ficar sem responder, ao desabafo do Dr. Fernando Ramalho, sobre o titulo "Grosseria no Microfone", porque fui citado pessoalmente e porque coisas têm que ser esclarecidas.
Sou acusado de enxovalhar o Consulado de Portugal em São Paulo, de faltar à verdade, de grosseria e ainda de defender interesses contrariados.
Esteve o Dr. Fernando Ramalho, durante o discurso que proferi, distraído! Quando me referi ao Consulado, apenas afirmei aquilo que de todos é conhecido, “O Consulado de Portugal em São Paulo está com as portas fechadas”.
Referi também, que a comissão recenseadora não se encontra em funcionamento com porta aberta, o que aliás, foi determinado por despacho de cinco páginas - que poderei enviar ao Dr. Fernando Ramalho - da CNE, Comissão Nacional de Eleições, com data de dezembro de 2004. Lembro que esta decisão da CNE tem que ser cumprida, caso contrário poderá ficar determinado crime previsto em Lei.
Durante as minhas palavras, cerca de setenta por cento do texto, são de crítica à publicação absurda com data de 08 de Setembro, que retira aos portugueses que sejam também nacionais de outros estados, o direito de voto no Presidente da República.
O Dr. Fernando Ramalho parece desconhecer que, em relação à porta fechada do Consulado (não está em causa o que está a funcionar bem) existe um manifesto com cerca de 865 assinaturas contra esta situação. Desconhece o Dr. Fernando Ramalho existir o despacho da CNE que obriga o recenseamento de porta aberta.
Durante o almoço, quando referi a crítica (?) à porta fechada do consulado, a questão do recenseamento e a lei de 08 de setembro de 2005, as pessoas como forma de apoio, bateram palmas. Ninguém o fez porque estava combinado, foi uma situação espontânea.
Estalou desta forma o verniz. Não entendo a leitura que o Dr. Fernando Ramalho fez do que eu falei.
Não fui grosseiro, não enxovalhei, não faltei à verdade. Em relação a interesses contrariados, bem pode ficar descansado o Dr. Fernando Ramalho, que eles não são pessoais. Sempre que contrariados forem os interesses dos portugueses que por aqui vivem, terá em mim, apenas uma voz de denúncia. Se para isso tiver que criticar o Partido a que pertenço o farei.
Joaquim Magalhães