Caiu-me na caixa do correiro esta notícia:
Joaquim de Almeida vai tornar-se cidadão norte-americano
Joaquim de Almeida vai tornar-se cidadão norte-americano
«Tenho a entrevista para a cidadania no dia 12 de Outubro. Quero votar e fazer parte activa do país onde pago os impostos», diz o actor português.
O actor Joaquim de Almeida revelou numa entrevista publicada hoje pelo jornal Luso-Americano, de Newark, que vai naturalizar-se cidadão norte-americano a 12 de Outubro. "Tenho a entrevista para a cidadania no dia 12 de Outubro. Já era tempo de o fazer. Quero votar e fazer parte activa do país onde pago os impostos", diz o actor na entrevista.
Joaquim de Almeida afirma que depois de 25 anos de residência nos Estados Unidos decidiu pedir a nacionalidade norte-americana.
"Achei que ao fim de tantos anos começava a ser estranho não fazer parte da política norte-americana, não poder votar", explicou o actor, acrescentando: "Nasci em Portugal e tenho com o meu país uma relação de amor e ódio, porque é um país onde a política anda sempre de mãos dadas com a controvérsia".
Na entrevista, Joaquim de Almeida salientou que com o passaporte norte-americano na mão vai sentir-se "um autêntico luso-americano".
A lei portuguesa reconhece a dupla cidadania desde 1981 e a lei norte-americana não a proíbe. Com um episódio aos domingos, Joaquim de Almeida regressou recentemente ao convívio das famílias norte- americanas com a série policial "Wanted" da cadeia TNT, que estreou a 31 de Julho e onde é o capitão Manuel Valenza. Segundo o jornal Luso-Americano, o actor terminou quarta-feira na Europa as filmagens de "Have no Fear: The Life of John Paul II" que a cadeia de televisão ABC colocará no ar até ao fim do corrente ano. Nessa produção, Joaquim de Almeida reincarna o assassinado cardeal salvadorenho Oscar Romero.»
Se tivesse ouvido as recomendações dos sucessivos governos portugueses, Joaquim Almeida já se teria naturalizado há muito tempo.
Desde a década de 80 que há uma unanimidade na política portuguesa sobre o interesse em que os emigrantes reforcem, por todos os meios, os seus direitos nos paises de acolhimento.
No discurso público sempre se considerou que isso não lhes reduzia em nada a sua qualidade de portugueses e que, de resto, era uma mais valia para eles próprios e para todos nós.
Ainda recentemente, no mesmo sentido, o actual Secretário de Estado das Comunidades Portuguesas defendia a criação de uma forum de luso-eleitos em todo o Mundo.
Coerente com uma política de visão, seria que a lei reforçasse os direitos destes portugueses que se inserem nas sociedades de acolhimento, mantendo um vinculo forte entre eles e a nação portuguesa.
Mas não: a tendência mais marcante da actual política portuguesa é no sentido de afastar estes elementos da nossa sociedade, a boa maneira do que fez a outra senhora, na base de um intolerável e tacanho nacionalismo...
Joaquim Almeida seguramente que não foi informado que perde o direito de voto no Presidente da República.
De que é que lhe vale ser português se não tem direito de voto?