O meu amigo Roberto enviou-me a notícia com o seguinte comentário: «Vejam até que ponto chega a irracionalidade. Como diria o velho Professor Ademar Mendes.... existem alguns seres humanos que são, na verdade, "semoventes".
Não é a primeira vez que leio este tipo de notícias e estou convencido de que estamos perante um modelo de suicídio a um título semelhante ao da roleta russa (poderia sempre aparecer alguém, a tempo de salvar o apostador) e, a outro titulo, absolutamente original, por recorrer a um produto barato, cujo consumo provoca algum prazer, para, no limite encontrar a morte.
Há pessoas que se movem sem destino e que acabam assim... com oito garrafas de cachaça, menos de dez reais...
Segunda, 12 de setembro de 2005, 20h17 Atualizada às 22h32
Amigos fazem aposta e bebem até morrer em SE
Os trabalhadores rurais Carlos Alberto Aquino, 39 anos, e Joel da Silva, 23anos, morreram no domingo depois de participar de uma aposta para ver quem conseguia consumir mais cachaça, no povoado Cobra D'Água, a 95 quilômetros de Aracaju.
Eles participavam de uma festa acompanhada por alguns amigos, que também fizeram apostas.
O primeiro a morrer foi Aquino, vítima de coma alcoólica, após tomar o último gole da oitava garrafa de cachaçana disputa. Momentos depois, Silva se sentiu mal e foi transportado para o Hospital de Pronto Socorro Governador João Alves Filho, em Aracaju.
O quadro clínico também era de coma alcoólico.Esse tipo de disputa é comum no interior sergipano.
No final da década de 80 foi desativada uma disputa que acontecia anualmente em São Cristóvão, a 25 quilômetros de Aracaju, porque os dois finalistas morreram.
Durante mais de 15 anos as preparações para as disputas motivaram uma série decasos de cirrose e muitos dos candidatos não chegavam sequer a disputar a fase inicial por recomendação médica.
Agência Nordeste