Mas já é estranho que a Novis (grupo SONAE) cruze os braços e não reaja, como deveria, para defender os interesses dos seus accionistas.
Deixo aqui algum correio do «episódio»:
Mensagem de e_mail ao Bruno Afonso, que tem sido o meu interlocutor na Novis:
«Meu Caro Bruno Afonso:
Estou francamente decepcionado com a Novis. Porque os serviços da Telepac e da Netcabo são péssimos, tentamos há quase um ano mudar para a Novis, aconselhados por alguns amigos que nos deram boas referências da vossa empresa.
Entregamos a proposta de migração de todos os nossos telefones em Novembro de 2004, na expectativa de podermos ter acesso aos vossos serviços quatro semanas depois.
Estou francamente decepcionado com a Novis. Porque os serviços da Telepac e da Netcabo são péssimos, tentamos há quase um ano mudar para a Novis, aconselhados por alguns amigos que nos deram boas referências da vossa empresa.
Entregamos a proposta de migração de todos os nossos telefones em Novembro de 2004, na expectativa de podermos ter acesso aos vossos serviços quatro semanas depois.
No dia 3 de Junho de 2005 17:24, enviei-lhe uma mensagem em que afirmava o
seguinte:
seguinte:
«Estou francamente insatisfeito com o tipo de relacionamento com a Novis, o que me leva a reponderar tudo o que falamos antes.
Desde Novembro do ano passado que encetamos um processo de mudança das nossas contas telefónicas para a Novis. Lamentavelmente, não exigimos confirmação escrita do que nos foi afirmado em termos de prazos e continuamos "agarrados" à Portugal Telecom, contra a nossa vontade.
Se um operador novo negligencia assim a contratação com um novo cliente, o que ocorrerá quando precisarmos efectivamente de assistência.
Referiu-me o Sr. que o atraso derivava do facto de a PT criar dificuldades à portabilidade. Pedi que me enviasse documentos comprovativos de tais dificuldades para apresentar queixa na Anacom, mas isso não foi feito, o que me leva a descrer da veracidade da informação.
Não podemos esperar mais tempo e teremos que encontrar uma solução com outro operador na hipótese de continuarem a não nos dar respostas satisfatórias.
Anoto que continuamos a aguardar o IP fixo do nosso escritório da Rua D. Francisco Manuel de Melo, 13, que tem o nº 213873767 o que inviabiliza a construção da VPN entre os dois escritórios (aquele e o 213852138 , da Rua Marquês de Fronteira.
Solicito que me informe qual o prazo previsto para a solução destes problemas».
Respondeu-me nos termos seguintes:
«Reitero toda a informação e esclarecimentos no contacto telefónico realizado no dia 06 de Junho de 2005.
Lamento que até ao momento ainda não tenhamos conseguido activar o serviço contratado pelo Dr. Miguel Reis para Acesso Directo. Tais dificuldades prendem-se, no fundamental, por ainda não termos conseguido junto do operador incumbente, a necessária concordância e uma data para que ocorra a passagem das linhas telefónicas para a Novis Telecom SA.
Reafirmo que já solicitamos novamente à PT que nos comunique uma data para que seja feita a transferência das linhas, mas até ao momento continuamos a aguardar uma resposta.
No que concerne ao envio de documentação, a troca e partilha de informações entre a PT e a Novis, é feita de forma informática. A única documentação que é partilhada é aquela, também no caso da Sociedade de Advogados do Dr. Miguel Reis, que é solicitada aos clientes, isto é, Declaração Denúncia / Alteração do Contrato de SFT, cópia legível do responsável legal da empresa ou sociedade e documento de constituição de sociedade.
Relativamente ao serviço de Internet de Acesso Indirecto contratado connosco, o mesmo foi activo para a Rua Marquês da Fronteira e mais tarde atribuído o IP Fixo como solicitado. No Caso da Rua D. Francisco Manuel de Melo, o mesmo não foi activo, uma vez que a Novis quando solicitou à PT a activação do serviço em causa, este foi recusado com o motivo de que o cliente tinha o serviço de Internet por outro operador. Lamento apenas que
na altura não tenha sido informado dessa situação.
Por último, e tal como combinado, irei solicitar a instalação de mais dois acessos básicos, um para cada escritório. Para isso, receberá brevemente a visita de um parceiro da área comercial, para assinatura de contrato com pedido de mais duas linhas básicas.»
Passou mais de um mês e continuamos na mesma.
Não foram mudadas as nossas comunicações para a Novis nem foram instaladas novas linhas.
Encontraram uma solução de remendo sobre linhas da PT. Mas nós não queremos isso.
Se outras razões não houvesse, por tudo o que se está a passar seria nosso desejo cortar todos os laços que temos com o grupo PT, porque este estado de coisas é atentório da nossa liberdade.
É absolutamente infame um proteccionismo que não nos permite exercer o direito à portabilidade e a opção de escolha do operador.
Admitimos até a hipótese de, com prejuízo nosso, instalarmos duas novas linhas Novis, mantendo temporariamente as da PT. Mas nem isso conseguimos.
Não pretendo que a Novis defenda os nossos direitos. Mas estranho que não defenda os seus.
Esta situação está a prejudicar-nos gravemente, pois que fizemos um investimento de monta num sistema de comunicações que não podemos usar porque a Netcabo não nos fornece um serviço com um nível mínimo de qualidade e de segurança.
Não consigo, francamente, compreender por que não reage mais energicamente a este estado de coisas.
Fico a aguardar as suas notícias.
Os meus cumprimentos
Miguel ReisVamos esperar pelos próximos desenvolvimentos.