Reacção de Manuel de Melo publicada no Portugal Club
«Os comunas raivosos
«Soube, por intermédio de pessoas idóneas, que durante a última reunião plenária do Conselho das Comunidades Portuguesas (CCP), que decorreu em Lisboa, um grupo de comunas raivosos proferiu contra mim ataques do mais baixo nível, numa linguagem ordinária, que depressa qualificou os seus autores. Estou consciente que o Manuel de Melo incomoda muita gente, nomeadamente o grupo de reles comunistas que gravitam em torno do CCP. Mas nunca pensei que a cobardia e desonestidade desse grupelho fosse tão longe. A “coragem” desses palhaços adveio-lhes, certamente, pelo facto de saberem que estavam a falar nas costas do Manuel de Melo (recordo que não estive presente no circo comunista montado na Assembleia da República). O cão-de-fila do PCP que tem vindo a terreiro desferir atoardas contra a minha pessoa e outros ilustres membros do CCP, não passa disso mesmo. Tal personagem representa apenas aqueles que se têm servido do Conselho das Comunidades para fins pessoais e partidários e que, estando agora a ver o chão a fugir-lhe debaixo dos pés — o actual CCP tem os dias contados — vem disparar a trouxe-mouxe, contra tudo e contra todos, denotando o mais profundo desespero. É por demais notório e já ultrapassou os limites do tolerável que o Partido Comunista tem procurado (e conseguido), na retaguarda, conduzir os destinos do CCP, manipulando meia dúzia de conselheiros seus militantes. Só assim se compreende que na tal reunião plenária do CCP tenha decorrido um encontro da responsabilidade do CCP/Europa, encontro esse alegadamente para discutir os fluxos migratórios para Europa e que teve o cuidado de convidar para participar no mesmo uma tal de ARE (Associação de Reencontro dos Emigrantes) que mais não é do que um apêndice do Partido Comunista e, mais escandaloso ainda, foi a participação da CGTP-Intersindical, esquecendo-se o convite à outra central sindical, a UGT, esta não comunista. É para isto que tem servido o actual Conselho das Comunidades pelo que, como já o afirmei antes, está a tornar-se imperioso acabar com o mesmo. Mas antes de se acabar com o actual CCP é necessário que o Tribunal de Contas faça uma auditoria rigorosa às contas do Conselho das Comunidades Portuguesas, a nível de todos os seus órgãos, nomeadamente às contas do Conselho Regional da Europa e do CCP/Holanda. Para que tudo fique bem claro, essa auditoria deve abarcar todos os anos económicos desde a existência do CCP. Enquanto tal auditoria não for feita, os cidadãos têm todo o direito de desconfiar da forma como são gastos os dinheiros públicos destinados ao funcionamento do Conselho das Comunidades Portuguesas. MANUEL DE MELO / Suíça»