«A meta de crescimento foi especificada: “Três por cento de crescimento é o nosso objectivo numa legislatura”; E José Sócrates explicou que este objectivo era bem mais realista e honesto do que as metas anunciadas há três anos pela maioria política cessante, as quais exigiam uns espantosos seis por cento ao ano, que se traduziriam, afinal, no crescimento negativo e na recessão económica que conhecemos. A frase-síntese de Sócrates é clara e é, toda ela, um programa: “O desígnio de nos aproximarmos das metas europeias é possível!”. A síntese da acção programática do discurso de encerramento dos trabalhos, proferido num improviso por José Sócrates, está contida na afirmação de que “a prioridade da governação económica do PS chama-se Plano Tecnológico”. Este decompõe-se em dois objectivos-alvo, que enformarão outras actividades: o primeiro objectivo é o da promoção de uma “política do conhecimento”; o segundo é o da implantação de uma “cultura de empreendedorismo”. Ao Plano Tecnológico segue-se o “relançamento do investimento em Portugal” (nas áreas em que faz falta e em que alavancará a economia); o “estímulo de uma sã concorrência, como base de um bom mercado, que gere eficiência e protege o consumidor”; e, por último, em quarto lugar, “o combate à burocracia”. Sócrates concretizou a relevância económica da desburocratização: “pretende criar-se um ambiente de funcionamento dos serviços públicos que seja amigo das empresas”, isto é, que ao facilitar a tramitação pública dos seus actos dinamize a economia. “Nada fazer e não fazer tudo isto, tem custos para a economia e para os portugueses”. Por isso, insistiu Sócrates na sua conclusão, “iremos aplicar os quatro pontos da nossa agenda política”.
Meta de 3% no período da Legislatura? Será gaffe? Ou é mesmo verdade?
Parece que alguém está já a tentar tramar o Sócrates.
O resto, tudo é muito vago, muito fraco, com uma ordem mais do que controversa. Chavões cujo conteúdo não sabe qual é.
Que Plano Tecnológico é esse? Procuro no site e não encontro nada. Que vazio e que amargura...»