Estive no Forum Novas Fronteiras.
Encontrei amigos e muita esperança. Sei, porque conheço muitos deles, que está ali a nata do centro esquerda.
Fiquei preocupado pelo facto de ainda não haver papéis, com afirmações muito objectivas.
Mera táctica?
Talvez. Mas é um erro em termos de comunicação.
A vitória constroi-se dia a dia, mas para isso é preciso comunicar. E eu acho que as coisas estão a falhar nessa matéria.
O PSD está muito melhor organizado em matéria de propaganda. Ocupa mais tempo nas televisões. Diz mais coisas objectivas, que, mesmo que sejam mentira, entram no ouvido das pessoas.
Na madrugada procurei o anunciado programa no site do PS.
Ainda não estava lá... É um terrivel erro.
Apenas esta notícia...
«Um Governo liderado por José Sócrates voltará a ter o emprego como prioridade das políticas económicas. A garantia deixada pelo secretário-geral socialista na sessão pública de apresentação do Programa de Governo do PS, ao encerrar a Convenção Nacional do fórum “Novas Fronteiras” que esta tarde decorreu no Centro de Congressos do Estoril. “Nestas eleições há uma escolha entre continuidade e mudança, entre passado e futuro, entre resignação e esperança”, afirmou o líder do PS para quem "chega de incompetência, chega de episódios e chega de instabilidade. Entre a continuidade e a mudança ninguém pode hesitar", sustentou, para em seguida apresentar um programa eleitoral de “rigor, exigência, trabalho, vontade, energia e ambição para o futuro do país”.
Considerando não ser possível fazer milagres, o líder socialista não se resigna e por isso reitera a promessa de criar 150 mil novos empregos até 2009, tantos quantos foram perdidos ao longo dos últimos três anos de “más políticas”. Porque, para Sócrates "cada desempregado é mais do que um algarismo na estatística. Para nós, cada desempregado representa um drama familiar e uma capacidade que se desperdiça", enfatizou. No âmbito das políticas sociais, “não contem com o PS para governar sem coesão social”, sublinhou o líder socialista referindo depois que "o combate à pobreza tem de voltar a ser uma prioridade".
Considerando não ser possível fazer milagres, o líder socialista não se resigna e por isso reitera a promessa de criar 150 mil novos empregos até 2009, tantos quantos foram perdidos ao longo dos últimos três anos de “más políticas”. Porque, para Sócrates "cada desempregado é mais do que um algarismo na estatística. Para nós, cada desempregado representa um drama familiar e uma capacidade que se desperdiça", enfatizou. No âmbito das políticas sociais, “não contem com o PS para governar sem coesão social”, sublinhou o líder socialista referindo depois que "o combate à pobreza tem de voltar a ser uma prioridade".
Aqui o objectivo é, no quadro de uma legislatura, retirar 300 mil idosos de situações de pobreza. "A pobreza dos idosos é aquela que não tem saída e que não tem voz. É a face mais dura da injustiça social", justificou.
Na agenda económica, a pedra de toque do programa socialista é o “plano tecnológico” e as palavras chave a ele associadas: inovação, conhecimento e tecnologia. “O eixo central do crescimento para a próxima década tem por base o base o plano tecnológico para recuperar o atraso e modernizar o país” afirmou o secretário-geral do PS.
Na estratégia delineada por Sócrates, para um desenvolvimento sustentável, figuram os compromissos de reduzir para metade o abandono escolar, incluir o inglês no ensino básico e uma forte aposta na ciência e tecnologia.
“ O que é verdadeiramente caro é a ignorância no país, não a educação” afirmou.
Nas finanças públicas, o líder socialista teceu duras crítica aos governos PSD/CDS-PP, acusando-os de terem proporcionado "um degradante espectáculo ao abusarem das receitas extraordinárias" para conterem o défice nos três por cento, tal como impõe o Pacto de Estabilidade e Crescimento da União Europeia.
Em relação à modernização da Administração Pública, Sócrates levará a cabo o processo de redução de 75 mil funcionários públicos em conjunto com as estruturas do sector.
Desdramatizando as consequências da medida constante no programa eleitoral do PS de reduzir, em quatro anos, em 75 mil, o número de funcionários públicos, o líder socialista afiançou que o processo não se fará "contra" o funcionalismo público.
Queremos contar com a Administração Pública no esforço de modernização", frisou. Perante as cerca de 2.000 pessoas no Centro de Congressos do Estoril, José Sócrates deu dois exemplos de como vai combater a “sério” a burocracia.
Passará a haver um cartão único que inclua os bilhetes de identidade, contribuinte, segurança social, saúde e eleitor e acabar-se-ão os dois documentos por cada automóvel. Será “um dois em um”, gracejou. A concluir a sua intervenção declarou que “Portugal precisa de um bom Governo, sério, competente e responsável” e nesse sentido concluiu “ o melhor do país está com o PS e deseja uma mudança política” Por sua vez, o coordenador do programa eleitoral do PS apelou ao voto nas eleições de 20 de Fevereiro para garantir um governo estável e devolver a estabilidade a Portugal.
"A abstenção é o nosso principal adversário nestas eleições", sublinhou António Vitorino no início dos trabalhos. A "Demagogia política na direita e mesmo na própria esquerda" foi também apontada pelo dirigente socialista como adversário a vencer. António Vitorino refutou as críticas dirigidas pelo líder do CDS/PP a José Sócrates, sobre a "exigência" da maioria absoluta, deixando explícito que o PS não "exige", antes pede para poder governar com estabilidade.
"Na nossa opinião, são os problemas do país que exigem um governo forte, credível, e lutar para que Portugal tenha estabilidade", frisou. Para o ex-comissário europeu, "um tal governo só pode emergir de uma maioria absoluta do PS na Assembleia da República". Lembrando que "é possível voltar a acreditar que Portugal é viável e vale a pena", Vitorino disse que "não há varinhas mágicas" e, por isso, os problemas não se podem resolver de um dia para o outro. No entanto, salientou que "não podem ser sempre os mesmos a pagar a factura", sobretudo quando são "os que menos têm e por isso mais sofrem".»
É muito pouco. E é mal feito para a informação escrita. Estaria bem, com uns retoques, se fosse para ler numa rádio.