terça-feira, janeiro 25, 2005

Cá vai, para que não se apague a História

A barbaridade é esta, com a grafia original, apenas sem os verdes e os vermelhos do texto original:


(" Palavras e pensamentos de Miguel Reis " )

Situação difícil

A questão da escolha dos candidatos a deputados pelo circulo Fora da Europa está ultrapassada. Foi, claramente, uma golpada do José Lello, mas está feita. Os candidatos são maus - do que me dizem deles são mesmo muito maus. Mas os anteriores também eram muito maus... O voto em branco é uma tentação. Mas de que serviria ele? Serviria apenas para poder responsabilizar o José Lello pela má escolha que fez. Sugeri aos camaradas socialistas do Brasil que recuem e aceitem apoiar os tais candidatos desde que eles se comprometam politicamente. Como é gente que mal se conhece o melhor é fazê-lo por escrito.

******************* Continua o Pensamento de Miguel Reis *************
Está tudo doido...

O PS é um partido democrático e não faria sentido que tivesse, no seu estatuto, um instituto próprio do antigo regime.
Isto não passa de uma confissão da golpaça.
Eu sei, porque estava em S. Paulo no mês passado, que José Lello foi informado de tudo o que se estava a passar.
Sei também que um dos seus assessores veio com o mesmo argumento. Mas tendo-lhe respondido os dirigentes da Federação, não ripostou, como se tudo estivesse regularizado.
É uma vergonha. Nem o PC ousa ir tão longe...
"Toronto lamenta ausência de emigrantes da lista eleitoral"Apetece responder:
Vocês é que têm culpa porque votam neles.Ainda não perceberam que ser deputado pela emigração fora da Europa é um altíssimo tacho e, quiçá, a única forma de alguns tipos do Continente correrem o Mundo. Vejam o Diário da Assembleia da República e o que tem sido a intervenção dos não emigrantes que vos representam. Uma vergonha completa. Eu tenho que prestar homenagem ao Eduardo Moreira. Mas tem o mérito de sentir na pele o que é ser emigrante,Hoje há um ambiente de generalizada rejeição dos portugueses da Diáspora por parte dos políticos do bloco central. São ignorantes – alguns são mesmo burros – andam nisto para tratar de negociatas pessoais e, porque não têm uma dimensão estratégica da diáspora, o que têm como projecto consiste em reduzir as comunidades existentes a uma série de Malacas.O Lello inventou os “luso-descententes” e influenciou o artº 47º do Regulamento da Nacionalidade, que impede os portugueses residentes em países de língua estrangeira de registarem os seus filhos em Portugal. Deu, de outro lado, uma machadada de morte na união das famílias portuguesas, criando um esquema (o da vaguidade das ligações efectivas à comunidade portuguesa) que inviabiliza a união das famílias. Tenho um cliente chinês (que fala português) casado com uma portuguesa, que vive com cinco filhos que são portugueses, que sustenta os sogros que são portugueses... mas não pode ser português, porque não consegue provar que tem uma ligação efectiva à comunidade portuguesa. Isto só é possível porque vocês, os que tiveram (e continuam a ter...) que abalar daqui não têm voz nos órgãos legislativos. Se não fossem as massas que mandam para aqui (quase 10% do valor das exportações) mandavam-vos bugiar. Até nisso são enganados... Mal sabem os filhos dos emigrantes com outra nacionalidade que são considerados emigrantes se depositarem dinheiro em bancos portugueses... mas não são se quiserem ficar em Portugal mais de 90 dias. Se o fizerem correm o risco de ser expulsos.Isto é a suprema hipocrisia.Não me choca nada se, perante as listas que temos aí, votarem em branco. O voto em branco não é a mesma coisa que não votar. É uma declaração de vontade de participação política e a rejeição frontal da política proteccionista dos senhores de Lisboa e Porto.Você são tratados como uns saloios.
E eu acho que é a hora de devolver o insulto.
Enviei há dias ao PS umas breves notas de medidas e incluir no programa de governo. Coisas simples para resolver algumas necessidades prementes. Veremos se lhe são alguma importância ou se vão, pura e simplesmente, para o lixo.
Cumpri a minha obrigação de participar. Veremos se cumprem a deles...
É só cortar e colar:
Carta a José Sócrates
Os meus amigos do Brasil ficaram muito aborrecidos com a ofensa do PS. Não está certo que, de um lado, os desafiem a envolvers-se na vida cívica e do outro os desrespeitem de forma tão grosseira.
Entendi escrever uma carta ao José Sócrates, a qual é, simultaneamente, um desagravo desses amigos.
Aqui fica:
Exmº Senhor
Engº José Sócrates
Secretário Geral do Partido Socialista
Largo do Rato
Lisboa
Estimado Camarada:
Não posso deixar de lhe dirigir uma palavra, relacionada com as escolhas de candidatos a deputados para os círculos da emigração.
Faço-o com o à-vontade de quem sempre assumiu - nalguns casos em público e por escrito - que nunca aceitaria ser candidato e que sempre defendeu que os candidatos deveriam sair das próprias comunidades da diáspora.
Faço-o em coerência com os compromissos políticos que decorrem das minhas intervenções cívicas, como militante do PS, ao longo de vários anos, junto de algumas comunidades portuguesas com peso relevante no contexto da sociedade em que todos nos inserimos.
Daí que, mais importante que os negócios das comendas, seja especialmente relevante reflectir sobre as políticas da cidadania portuguesa – desde a questão da nacionalidade à questão do acesso aos serviços públicos, nomeadamente dos serviços consulares – procurando melhorar a sua qualidade e a sua coerência, por via do aproveitamento dos recursos que as novas tecnologias nos fornecem.
No entendimento dos nossos camaradas do Brasil, o Aníbal Araújo não tem nem a confiança nem o prestígio suficiente para poder representar os nossos compatriotas na Assembleia da República. É conhecido na comunidade como um mero angariador de anúncios para uma publicação que poucos conhecem, porque não tem difusão.
E nada tem a ver com as comunidades no exterior.Fernando Ramos é uma pessoa pouco conhecida, não se lhe conhecem ideias políticas e não reune consensos.
A ambos se reconhece como coisa comum o de nada de relevante terem feito pela comunidade portuguesa. Esta é a opinião generalizada dos camaradas do Partido Socialista.
Daí que a postura adoptada pelos órgãos nacionais do PS seja entendida como uma afronta aos órgãos locais mas, sobretudo, como uma enorme falta de respeito pelas regras democráticas.Mas o quadro é outro; e não há nenhuma dúvida de que o voto em branco é forma democrática de sufrágio.
No nosso sistema constitucional, o voto em branco é a forma de dizer: «quero participar na vida política, mas não tenho candidato que me mereça confiança.
Por isso voto em branco».Nesse debate, ficou para mim claro que os camaradas rejeitaram liminarmente a hipótese de virem a apoiar as pessoas que já estavam indigitadas e relativamente às quais a Federação havia declarado formalmente a sua desconfiança.
Por isso me pareceu que a maioria das opiniões se inclina para que se apele ao voto em branco, como forma de protestar pela prepotência de que os órgãos locais foram alvo.
Dir-se-à que fica prejudicado o partido, mas, respondem os camaradas, entre os deputados escolhidos por Lisboa e os do PSD não se alcançam diferenças, pelo que o partido, em vez de perder, ganhará se eles não forem eleitos.Se os camaradas do Brasil deliberarem apelar ao voto em branco como forma de penalizar os responsáveis por este abuso, estarei, naturalmente com eles.Porque, como eles, penso que o Partido não perde nada com isso.
Antes se valoriza, porque é um partido democrático e deve começar por respeitar a própria democracia interna.No dia 20 de Fevereiro veremos o resultado desta barbaridade.
Pena é que se tenha desfeito o sonho de conquistar desta vez dois deputados no círculo Fora da Europa, o que estava perfeitamente ao nosso alcance.
Lastimo, sinceramente, ter-me envolvido nas acções políticas em que me envolvi, procurando ajudar na implementação de uma estrutura efectiva do PS no Brasil, que hoje conta com cerca de 300 militantes.
Eu deveria ter percebido que isto não interessa a quem tem da emigração uma visão tacanha que eu não comungo e na qual não quero participar.Sem prejuízo de tudo isso
- e da clareza de pensamentos e de propósitos de que nunca abdiquei
Miguel Reis

Não gostei do que vi nas Novas Fronteiras.Tudo muito fraco, muito superficial, muito débil.Fiquei chocado com o que Alberto Costa escreve sobre a Justiça.
Os sinais dizem-nos que Sócrates está prisioneiro.
O peso pesado desta maioria é, claramente Jaime Gama, esse peixe de águas profundas que Mário Soares criou no seu aquário e que há uns tempos se incompatibilizou com ele.Gama não ousa enfrentar Mota Amaral nos Açores, apesar de ser açoriano,
O PS pode ser seriamente penalizado com isso
O personagem não é simpático e há muita gente que não aceita dar-lhe o voto depois dos seus últimos discursos.Para além do mais, Jaime Gama não é fiável.
Combate os seus próprios camaradas, como se viu quando colocou o presidente da Federação da Suiça do Partido Socialista a pão e água durante um ano. Em Viana do Castelo, Gama colocou como cabeça de lista um dos seus próceres, Luís Amado, que se fala que será o próximo ministro dos Negócios Estrangeiros. É uma pessoa estranha, muito pouco conhecida, consta que com grandes simpatias pela administração Bush, sobretudo depois de te frequentado u a universidade americana, havida como a escola da Cia para quadros políticos estrangeiros.
Por lá passou também Durão Barroso e viu-se o resultado.No Porto diz-se que o número dois é José Lello, há muito tido como um homem de mão de Gama.
É um político conhecido pelo gracejo, a quem não se conhece uma ideia política sólida.
Mas poderá vir a ser o próximo ministro das Obras Públicas, se não for ministro da Defesa. O que se dá como certo é que ficará numa área de «grandes negócios».
Na Guarda fica o «Cardeal» Pina Moura, representante dos interesses espanhóis da Iberdrola. Muito criticado pelas suas faltas estratégicas às reuniões da comissão parlamentar de economia e finanças este antigo comunista é entre os políticos portugueses um dos que melhor tem sabido gerir os seus interesses pessoais em termos de poder.
Matilde Sousa Franco, viúva do malogrado António de Sousa Franco aparece a encabeçar a lista de Coimbra, o que foi interpretado por alguns analistas apenas como uma forma de arranjar emprego à respeitável senhora.Da biografia oficial consta, porém, um dado importante: Matilde Sousa Franco é membro da direcção da Oikos. A Oikos - Cooperação e Desenvolvimento é havida como sendo uma entidade ligada à Opus Dei.
Deixa-se esta anotação para pôr em crise a ideia de que Matilde Sousa Franco é uma coitadinha qualquer, que claramente não é... Sempre se diz, porém, que ficaria melhor como provedora da Santa Casa da Misericórdia do que como cabeça de lista pelo círculo de Coimbra.
...círculo Fora da Europa foi feita «pela Federação do Resto do Mundo». Mas esta federação não existe... Como é isto possível?- Oh Magalhães, eu não me quero meter nisso. Isso é tudo uma merda, com gente de merda, eu trabalho, não tenho sequer tempo para me meter nisso...- Mas, porra, a gente sempre pediu a tua opinião, tu tens-nos ajudado, isto não pode ficar assim, temos que dizer alguma coisa às pessoas, que não vão compreender...O Magalhães estava simplesmente amargurado.
Ele tem trabalhado que nem um cão na organização de actividades políticas para promover a imagem do PS.
É de uma injustiça incrível não respeitarem o seu trabalho, a sua dedicação, o seu amor ao PS.numa comunidade como a do Brasil, marcada pela concorrência entre os vários comendadores.
O Almeidinha também é comendador, mas tem a vantagem de ninguém lho chamar porque ele o encobre. Não precisa do título, porque tem outros;
«Está decidido. Não será chefe de lista quem ousa dizer que o líder é bicha».
Já me chamaram paneleiro várias vezes.
Rio-me porque sei que não sou e sei que toda a gente no mundo sabe que não sou. Se eu fosse agiria como o chefe porque alguém estaria a violar um dos meus maiores direitos: o direito à privacidade.
Cada um usa o rabo como entende, tendo porém o direito de exigir que do mesmo não haja notícia.
PORTUGALCLUB// A Informação Real
"O PortugalClub, nas linhas acima, passa pensamentos e Palavras da Autoria e responsabilidade de Nosso Companheiro Miguel Reis/ Militante do PS»