Reagindo ao post de 12/1 - aquele em que se apresentam as duas bandeiras portuguesas e os avisos afixados no aeroporto de Banguecoque, escreveu o Sr. José Martins o seguinte:
Ao Portugal Club,
Em relação à foto que foi posta a circular pelo Sr. Miguel Reis do blog
"Portugal Global" desejo esclarecer o seguinte:
1. Não se tome a nuvem por Juno nem se acredite em tudo que um qualquer
"pândego", por má fé se tenha lembrado de tirar uma foto a dois cartazes
que estavam colocados em sitio certo, no Aeroporto Internacional de
Banguecoque e na terminal dos vôos domésticos.
2. A pessoa destacada no aeroporto de Banguecoque, desde o início da
tragédia nas praias do sul da Tailândia foi eu José Gomes
Martins jose@loxinfo.co.th e o pai da lusa/tailandesa Maria Pia Gomes
Martins e proprietária do website www.aquimaria.com, que certamente o
Portugal Club tem conhecimento da existência da sua circulação, na net e
desenvolvido por mim.
3. De 27 de manhã até à chegada dos últimos dois portugueses (dia 6 de
Janeiro) para a um se lhe entregar (e entregou-se) o passaporte e o bilhete
de avião para chegar à sua procedência.
Eu Jose Gomes Martins, assistente administrativo principal da Embaixada de
Portugal em Banguecoque, há 20 anos, estive na terminal doméstica 14,15 e
18 horas esperando os portugueses que estivessem necessitados de apoio,
quer este fosse de acomodação, dinheiro ou ser de imediato encaminhado para
os serviços consulares na eventualidade necessitar de ali lhe ser passado
um documento de viagem.
4. Na altura que o "pândego" tirou a foto eu estava no aeroporto que
corria de uma terminal, dos tapetes rolantes, para outras com os cartazes
em punho para identificar a Embaixada de Portugal e que alguém ali estava
para apoiar os portugueses. Digo estava no aeroporto porque detrás desses
cartazes está um saco branco plástico onde eu tinha o bloco de apontamentos
e outros papeis. Mas, quando eu abandonava o local, no último vôo
doméstico, por volta da meia noite esses cartazes ficam em cima da mesa
para eventualidade de algum português ali chegar (não de vôos porque estes,
os domésticos, náo se efectuaam depois da meia noite), mas talvez perdido
no meio da confusão de um aeroporto gigante como é o internacional de
Banguecoque.
Durante os 11 dias que ali estive, destacado, tive a ajuda de outros
"samaritanos" portugueses que voluntariamente se aprontarem para ajudar os
portugueses naquilo que fosse necessário, que anexo fotos.
5. Aqui se alguma coisa está mal (na opinião do "pândego" que tirou a foto)
quem deveria estar preso não era o Embaixador mas sim a minha pessoa. Como
português residente na Tailândia há 26 anos, me prezo de ter cumprido, quer
oficialmente ou particularmente servir e bem e no melhor que pude todos os
portugueses que por aqui passaram fossem eles de Bem ou Vilões.
E por fim os "Cães Ladram e Não me Mordem" porque são "tinhosos".
Encerrei o assunto.
Com os melhores cumprimentos
José Martins
22-237 Soi Phrom Wat 1/11
Rama II
10150 Bangkok - Thailand
Tele 66 2 8985845
Fax 66 2 416 8344
Mobile 66 1 8293487
E-mail jose@loxinfo.co.th
O Sr. Martins está irritado com os cães e dá a sua resposta que reproduzo na integra.
Afinal ela é muito importante, pois que serve para confirmar que, nos dias da tragédia, foi afixado aqueles anúncio, que diz apenas isto:
POR FAVOR TELEFONE PARA 018293487 ou 28985845
JOSÉ MARTINS
ESPERE CERCA DE 30/45 MINUTOS QUE CHEGUE PARA ATENDER
Falando de cães, quem não quer ser lobo não lhe veste a pele.
Ninguém acredita que alguém fizesse uma placard deste tipo se tivesse que se ausentar apenas por uma meia hora...
A ideia que o cartaz transmite é a de que, agluém necessitado deveria:
1. Telefonar para aqueles numeros;
2. Depois aguardar 30/45 minutos
De qualquer modo o Sr. José Martins não tem culpa nenhuma de nada disto. Talvez até nem tivesse meios para responder como deve ter a uma situação como esta.
O problema é bem mais profundo: é do Estado.
Houve demasiadas notícias más sobre o comportamento dos nossos representantes na Tailândia.
Está tudo escarrapachado nos jornais...
Por favor não nos atirem areia para os olhos.