sexta-feira, janeiro 28, 2005

Que mudanças para o MNE

É de ler este comunicado do Sindicato dos Trabalhadores Consulares

«COM AS ELEIÇÕES MUDARÁ ALGUMA COISA?
...E SEM MUDANÇA HAVERÁ UM FUTURO?

O rei vai nu: Ministério dos Negócios Estrangeiros, uma casa sem rei nem roque!

Após as eleições de 20 de Fevereiro –
- Para onde vai o MNE?
- Quais as respostas partidárias concretas?
- Continuaremos a ser ignorados e a desaparecer?

Com o começo da aplicação do seu Estatuto Profissional, em 2001, os 1800 trabalhadores dos Serviços Externos do MNE esperavam uma normalização da política de recursos humanos e o reconhecimento da sua dignidade de trabalhadores ao serviço do Estado português.

Após uma transição atribulada, que veio finalmente pôr fim à situação de precariedade vivida durante décadas, aguardava-se uma relação institucional moderna, fomentadora de uma gestão eficiente que permitisse aos serviços de Portugal no estrangeiro responder aos desafios e às necessidades de mudança, respeitando e motivando os funcionários para um serviço consular de qualidade e para o necessário apoio técnico e administrativo às exigências da cada vez mais complexa política externa.

Exigia-se do novo Governo o devido respeito pelos novos (- velhos ) funcionários – que constituem metade do ministério -, reconhecendo-lhes o direito à carreira, actualizando-os como os demais, avaliando-os com critérios e seriedade, colmatando as carências estruturais na área da formação profissional, modernizando globalmente a gestão nos serviços, praticando uma política de recursos humanos que desse resposta às necessidades em expansão.

E não era o embaixador Martins da Cruz que dizia que os Diplomatas devem fazer diplomacia e a gestão do MNE deve ser assumida por gestores?
Contudo, logo no primeiro encontro como ministro transmitiu-nos que não tinha dinheiro – quando reclamávamos apenas o cumprimento da Lei -, ao mesmo tempo que visivelmente o ia gastando sem problemas em transferências e sucessivas nomeações. Depois nomeou para dirigir o sector da gestão um diplomata em fim de carreira, que punha em causa o direito dos trabalhadores à Segurança Social, e mais tarde uma conciliadora sindical para analisar porque razão estávamos descontentes com a ausência de respostas às reivindicações. Quando confrontado com as nossas manifestações de insatisfação e com ilegalidades inadmissíveis por parte dos responsáveis, chegou a afirmar-nos que a Administração Pública não funciona... mas que assinava o que os serviços lhe punham à frente – mesmo quando se tratava de perseguições ao Secretário-Geral do Sindicato!

Ao mesmo tempo que assim se fechavam os olhos ao rigor, seriedade e eficiência na administração das Necessidades, eram lançadas duas orientações: a diplomacia económica e a reestruturação consular.

DIPLOMACIA ECONÓMICA OU ECONOMIA DIPLOMÁTICA?

Por esse mundo fora, os efeitos para nós mais visíveis desta vertente passam pela equiparação de Cônsules-Gerais a Embaixadores, com direito às diversas correspondentes mordomias e a Cônsul-Adjunto, e o anúncio do sebastiânico Consulado em Xangai, que ainda agora se veio dizer ter tido de aguardar por falta de meios financeiros. Bem mais expedito, no contexto daquela reestruturação, foi o encerramento de Hong-Kong.
Que diplomacia económica é esta que só tem meios para resolver problemas de chefias, continuando os consulados contemplados com deficientes quadros de pessoal?
Que diplomacia económica é esta que está 3 anos para abrir Xangai, onde já todos os interesses estão instalados? Três anos é o tempo que a China precisou para passar de metade do movimento em software da Alemanha a 30% mais do que esta! Entretanto floresce ao lado de Hong-Kong, em Shenzhen, a mais recente e dinâmica das grandes zonas económicas especiais chinesas.

E Xangai vai abrir com que pessoal: com trabalhadores sob contrato a termo certo ou eufemisticamente designados como prestadores de serviços, como os nossos colegas na Indonésia e em Timor, ainda hoje? Será que também as novas embaixadas na Europa abrirão com pessoal em situação irregular?
Ou também com alguns remendos dispendiosos, do tipo, hoje um funcionário por duas semanas, amanhã outro por três, como avulso se veio verificando, em Londres ou Caracas por exemplo?

Quanto ao promovido Consulado em São Paulo, pelas inexplicavelmente exageradas cobranças pelos actos consulares, até já no recenseamento eleitoral, parece preferencialmente apostado na economia diplomática.

REESTRUTURAÇÃO OU DESESTRUTURAÇÃO CONSULAR?

Relativamente à reestruturação consular, que bem cedo avisámos ter de ser precedida de consultas, análise ponderada, planeamento e execução faseada, - além de termos chamado a atenção para a importância fundamental da gestão nos consulados, nunca devidamente encarada -, quase tudo correu mal.

Exceptuando o problema do destino dos funcionários cujos postos encerraram, que, com maior ou menor satisfação, se conseguiu negociar, pôde constatar-se:
Falta de instruções para encerramento e destino do espólio; funcionários enviados como turistas sem pedido de visto às competentes autoridades, do que resultaram situações de instabilidade e ilegalidade prolongadas por meses e até um detido em S. Francisco e devolvido para Hong-Kong; falta de tempo para planear ou executar a transferência de posto/país/continente; encerramentos sem consideração pelos anos lectivos e tudo o mais que em devido tempo dissecámos (
www.stcde.pt, Bis – a reestruturação...).

E quanto aos resultados?
Os reforços quase não foram sentidos porque o pessoal está a diminuir, os disponíveis são poucos e as necessidades bem maiores. Praticamente só Macau – que absorveu Hong-Kong -, Andorra – que não tinha pessoal afectado -, Luxemburgo, Genebra e Londres tiveram reforços significativos, sendo que a crise destes dois últimos já se não resolve quantitativamente mas exige as melhorias de gestão e soluções duradouras que sempre reclamámos.
Aliás, Londres tem entretanto mais pessoal precário do que funcionários e, na expectativa da abertura do consulado em Manchester, finalmente criado no DR, impõe-se de novo a pergunta: vai abrir com que pessoal?
E quando os cidadãos-emigrantes reclamarem por erros...“a termo certo”? Haverá responsáveis?

Nas cidades atingidas pelo encerramento dos serviços consulares, havendo que juntar Windhoek aos consulados extintos, começou por se falar “a torto e a direito” em consulados honorários.

Os protestos locais levaram a optar por um escritório consular em Osnabrück - que também já carece de contratados a prazo! -, estrutura que em termos legais não tem poderes próprios e só tem podido dar resposta graças ao esforço e ao risco dos colegas que ali ficaram, exorbitando as suas competências.
Porque os escritórios são, legalmente, como balcões de atendimento, não têm existência jurídica própria: dão para entregar e levantar papéis, tudo o mais passa pelos postos consulares dos quais dependem. Ir para além disso é um atropelo legal.
Mas, lendo o Diário da República, é também essa a solução já consagrada para a Córsega.
Em Windhoek deixou-se uma funcionária numa baiuca consular pura e simplesmente não legalizada (!), porque os responsáveis ainda estão a pensar em qual será a solução adequada – silêncio, para não perturbar -; em Rouen passou-se o mesmo até à abertura do honorário que só agora teve lugar, ao qual a funcionária ficou emprestada (?); em Hong-Kong, Pau (Bayonne), Nancy e Reims há honorários no papel.

PRIVATIZAÇÃO CONSULAR?

Vários outros “papéis” criaram mais alguns honorários, mas o seu estatuto obriga a questionarmo-nos.

O Regulamento Consular de 97 começa por dizer que não podem praticar actos de registo civil e notariado, emitir documentos de identificação e viagem, conceder vistos e processar recenseamento eleitoral.

Mas logo o DL 75/98 veio dizer que, a título excepcional, alguns podem fazê-lo (excepto conceder vistos), enquanto não estiver concluída (?) a reestruturação consular, e, no mesmo ano, uma portaria veio definir que a Lei de excepção só é aplicável a honorários situados a mais de 500 Km dos de carreira, em ilhas, em países onde não haja representação oficial ou...aos que pratiquem mais de 1000 actos/ano.

Estando a conceder este estatuto excepcional a consulados honorários que não satisfazem nenhum dos critérios, e que nem existiam, a que propósito se criam excepções ilegais à excepção legal?
Fazendo de conta que já existiam e praticavam 1000 actos?

Assim, recorrendo à técnica da pescadinha de rabo-na-boca, o consulado honorário, de serviço habilitado a título excepcional enquanto durar a reestruturação consular, renasce como serviço honorário substituto da estrutura profissional, transformando-se no último elo da cadeia...da dita reestruturação consular!

Será que em Portugal se vão extinguir conservatórias, notariados e Governos Civis, e nomear empresários como conservadores, notários e governadores civis...honorários, aos quais, eventualmente, se emprestarão, por despacho verbal, funcionários públicos dos serviços extintos?

Será esta forma de privatização a reforma modernizadora da Administração Pública?

HAVERÁ GESTÃO DOS RECURSOS HUMANOS NOS SERVIÇOS EXTERNOS?

Se a gestão já vem sendo má, é de prever que estas fragilidades e incoerências contribuam para a piorar.

De quem dependem hierarquicamente os funcionários emprestados? Quem faz a sua avaliação de desempenho e classificação de serviço? Como se definem os objectivos?

Os vinculados à Administração Pública integrantes do Quadro Único de Vinculação dos Serviços Externos, aos quais se juntam quase outras tantas centenas de trabalhadores do Quadro Único de Contratação, somando no seu conjunto já só uns 1600, aguardam, na sua maioria, as classificações de serviço de 2003, de 2002 e mesmo as de 2001. Em breve aguardarão as de 2004...

Uns e outros vêm também ansiando por um sistema de formação profissional adequado, que acompanhe a evolução das coisas, que colmate a formação inicial que nunca lhes foi ministrada, que lhes permita desempenhar cabalmente as funções de extensão da Administração Pública no estrangeiro, em muitas e diversificadas vertentes.
Em vez de ser uma componente fundamental da modernização dos serviços, a formação, apenas iniciada há 8 anos, constitui uma lotaria: quem não pode jogar não pode ganhar, quem joga com frequência lá vai ganhando uma terminação de vez em quando, já que, como é sabido, a sorte só pode beneficiar uma minoria.

Se as coisas correm mal nas estruturas profissionais, como será em honorários ou em simbioses equívocas?

Qual a explicação para o facto de, extinguindo consulados ou (secções consulares de) embaixadas, as Necessidades, entendendo dever criar estruturas de substituição ou ampliar a rede consular em novas paragens, não recorrem às previstas na Convenção de Viena que têm existência jurídica própria – vice-consulados e agências consulares –, logo capacidade para cumprir de acordo com as exigências?

Porque seriam logicamente dirigidas por funcionários dos serviços externos?

ALGUÉM FALOU EM PROTECÇÃO CONSULAR?

Quem dirige uma estrutura consular é, nos termos da Convenção de Viena, representante dos nacionais residentes na respectiva área de jurisdição consular junto das autoridades locais.

Pode intervir junto das mais diversas instâncias – tribunais, polícias, prisões – e nas mais complicadas situações – catástrofes, exploração ilegal.

É normal que a Comunicação Social portuguesa se debruce precisamente sobre as ocorrências anómalas, como se tem podido constatar na recente catástrofe no sudoeste asiático ou na, não longínqua, ocorrida na Venezuela; como também não estarão esquecidas as situações precárias de portugueses na Irlanda do Norte ou nas explosões de descontentamento à porta de Londres.

Mas o apoio minimamente satisfatório ou o funcionamento condigno exigem meios que o MNE não tem querido criar.

A intervenção dos funcionários exige a sua acreditação junto das autoridades locais, pressupondo frequentemente a titularidade de passaporte especial, dois horrores para o pulsar das Necessidades.

O funcionamento adequado dos serviços – em expansão – não suporta a absoluta ausência de concursos de ingresso, acesso ou de preenchimento de cargos de chefia intermédia ou técnicos na área social ao longo de sucessivos anos.
A capacidade de resposta não se coaduna com remendos ilegais a termo certo, que têm colmatado as situações mais aflitivas ou substituído os quadros nas mais recentes embaixadas.

A protecção consular exige meios materiais que faltam quando se trata do imprescindível.

Só na base da boa-vontade, do brio profissional, da consideração pelos utentes (ou até da ilusão) é, frequentemente, possível atender às premências gritantes, sem perspectiva de carreira, compensação de trabalho extraordinário ou em dias de descanso, reconhecimento público ou superior, por vezes nem um mero agradecimento, ou pior ainda, quando as coisas se complicam, atirando para cima dos funcionários dos serviços externos as responsabilidades de quem quer, pode e manda.
Não foi um dirigente nosso, do quadro do Consulado-Geral de Macau – que para isso suspendeu a sua actividade sindical – um dos bombeiros voluntários sem sono na ilha de Phuket, na Tailândia?


TRÊS ANOS SEM NEGOCIAÇÕES – IGNORADOS ATÉ DESAPARECER?

Se Martins da Cruz se desculpou como acima referimos e Teresa Gouveia, lavando as mãos, entendeu que o que custa dinheiro dependia das Finanças (como se não tivesse orçamento disponível) e o demais era com os inoperantes serviços (como se dela não dependessem e não houvesse Leis a respeitar), o actual Ministro, reconhecendo que a máquina do MNE está mais emperrada do que há 7 anos atrás, recebeu, respondeu às interpelações, jurou diálogo e negociações.

Mas, nem os seus pedidos às Finanças surtiram o efeito devido, nem os seus orçamentos parecem chegar para nós, nem os seus serviços mostram disponibilidade para negociar devidamente.

E é assim, embora os quadros estejam dizimados e haja a perspectiva de as aposentações acelerarem em breve, a maioria dos grandes consulados não tenham vice-cônsul (mais de metade dos lugares estão vagos), não haja uma única promoção há 5 anos, não se actualizem os contratados desde 2000 (talvez venham agora as mini-actualizações 2003/4) e os vinculados desde 2002, às situações de precariedade corresponda normalmente a ausência de segurança social, o contencioso tenha atingido proporções desmesuradas e continue a crescer, os serviços já nem aceitem reuniões informativas e assinem as actas das raras reuniões.

As únicas acções concretas do Gabinete do Ministro que sentimos foram as diligências para emperrar a negociação salarial 2004 dos trabalhadores nos Centros Culturais do Instituto Camões – que não dispõem ainda de Estatuto Profissional de enquadramento ou meros contrato de trabalho assinados! –, e os contactos com os Grupos Parlamentares e os Deputados da competente Comissão Parlamentar, para tentar impedir a alteração de regime de concessão de passaporte especial marca Necessidades, que estas sabiam não corresponder à vontade daqueles mas quis impor (e nem esse aplicar), e que a Assembleia da República, em boa hora, veio a consagrar por unanimidade!

O STCDE veio cumprindo a sua parte: Cadernos Reivindicativos, cartas abertas, recurso às instâncias parlamentares, interpelações sucessivas, contributos para diversas áreas, como ainda recentemente a propósito da pretendida revisão do Regulamento Consular -
www.stcde.pt . Mas os resultados são fracos.

A falta de vontade política, que passa pelo deixar degradar a gestão das Necessidades, que leva à aposentação dos seus funcionários administrativos tão cedo quanto a Lei o permite, tem empurrado a necessidade de afirmação dos direitos dos trabalhadores para a esfera jurídica.

Aí vimos ganhando o que deveria ser negociado em sede própria, com todos os inconvenientes daí decorrentes, em esforço, em tempo, em custos para o erário público, em deformação do Estado de Direito Democrático. Será assim que se respeita e promove o diálogo social e se aplica com justiça e parcimónia os dinheiros dos contribuintes?

Há diplomatas que, em conversa, nos vêm manifestando a sua estranheza pelo não andamento das coisas, que reconhecem ser imperiosa a mudança de situação, não apenas para a sua carreira.
Só que esses não são o poder nas Necessidades. Cumprem a sua vocação profissional, fazem Diplomacia.

Com as eleições, mudará alguma coisa?
Que projectos terão os partidos para responder a esta situação?
Haverá candidatos disponíveis para assumir esse compromisso?
Quem quer servir as Comunidades Portuguesas?»

O artigo de Freitas do Amaral

VISAOONLINE

Diogo Freitas do Amaral não mudou muito.
Ainda há dias estive a ler textos seus de 1975. Alguns podiam ser escritos hoje. Ele está quase no mesmo local.
Quem mudou, convergindo para o centro, foram os partidos da esquerda.
Diogo Freitas do Amaral está hoje à esquerda de muita gente do PS.
O PS, para além de ter virado ao centro, tem muita gente da direita, sendo que alguma desta gente veio da outra ponta do arco.

quinta-feira, janeiro 27, 2005

Ajustes de contas...

Rudy Gallego, da África do Sul, ajusta contas com Manuel de Melo:

« Finalmente UMA BOA NOTÍCIA: MANUEL DE MELO ACABA DE SER SUSPENSO PELO MNE das suas funções no Consulado de Portugal em Genebra. Espero que o Partido Socialista, caso ganhe as eleições, aproveite esta "boleia" e se "esqueça" deste espécimen que é um fardo para qualquer partido pois, com as suas atitudes insensatas, ataca tudo e todos, à laia de um pseudo jornalista cá da nossa praça que por sistema e em atitudes de atrasado mental, se põe a atacar todos os membros da nossa comunidade que o não apoiam financeiramente.
Talvez por se identificar com este tipo de personalidade é que o Manuel de Melo, sem procurar saber onde estava a verdade, me atacou cobardemente quando o anormal do pseudo jornalista – de momento a contas com a justiça Sul-Africana por eu o ter processado por difamação de carácter – numa atitude de ódio incontrolado e após eu lhe ter pago tratamentos e consultas por sofrer de uma cirrose no fígado, numa altura em que ninguém se prestou disponível para o ajudar, publicou no seu pasquim mensal e na Internet, artigos altamente difamatórios sobre mim. Agora já se arrependeu do que fez e não se cansa de mandar emissários para eu suspender os processos judiciais contra ele e a prontificar-se a pedir desculpas públicamente e mesmo a desmentir o que escreveu…só que agora já é tarde, pois o mal está feito!
Ora, não há fumo sem fogo, como diz o ditado, o Manuel de Melo no entender do seu querido amigo Joaquim Magalhães, é um homem de fibra e não tem dono nem rabos de palha, poderia agora encontrar uma maneira de não ser "esquecido" se o Partido Socialista ganhar as eleições, denunciando públicamente o nome daquele que andou a fazer contrabando de diamantes, de passaportes roubados e tráfico humano, pois é do conhecimento geral aí em Genebra que ele, Manuel de Melo, sabe muito bem quem andou a cometer estes crimes. Poderia assim redimir-se de certas atitudes menos decorosas que tomou no passado, mandando para a prisão esse criminoso. Ser solidário com Manuel de Melo ? Nunca! Só se ele mudasse de atitude drasticamente. Como não creio que essa mudança será possível, só posso acrescentar que o Ministério dos Negócios Estrangeiros pecou por diferença ao apenas ter suspenso o Manuel de Melo em vez de o ter EXONERADO.


Rodolfo (Rudy) Gallego»

Ainda sobre o apoio judiciário

Entendem alguns juizes (cada vez mais) que os honorários do advogado incluem as despesas que os mesmos têm que suportar para desenvolver o patrocínio.
Como se resolve esta questão quando o advogado esteja vinculado, pelo pacto social da sociedade de que faz parte, a exercer a advocacia em regime de exclusividade no quadro da sociedade?
Esse problema é especialmente relevante no que se refere às despesas.
Estas são suportadas pela sociedade, que adquire os equipamentos e os consumíveis e que nos faculta os meios indispensáveis para o exercício da nossa actividade. No final de cada mês são imputados a cada processo os respectivos custos.
Deveriam estas despesas ser pagas à sociedade de advogados. Mas, por sistema, os tribunais recusam esse pagamento.
Os advogados que trabalham na nossa sociedade não têm computadores, nem impressoras, nem telefones...
Não terão, por isso mesmo, condições para a prestação de apoio judiciário a partir do momento em que a sociedade proiba - como tem legitimidade para fazer - o uso dos seus equipamentos para a prestação de apoio judiciário.
A solução - se não houver uma solução legislativa adequada à realidade - é pedir escusa.

A propósito do apoio judiciário...

«Há uns tempos quando a Ordem lançou um apelo aos advogados para que aceitassem as nomeações oficiosas com um sentido civico, dispus-me a ver dar o meu nome para as listas.
Depois veio a vaga da imigração dos finais do século e eu e os demais colegas do escritório aceitamos estabelecer uma "quota" de serviço cívico para dar apoio a essa gente: Nunca contamos receber os honorários normalmente fixados, porque temos todos a ideia de que o Estado é uma entidade relapsa e de que a emissão de um cheque para um advogado é, tradicionalmente, um acto que causa sofrimento ao pessoal do Ministério da Justiça, o que, só por si, justifica os atrasos, os esquecimentos e os desmazelos.
Sempre procurei tratar os patrocinados no quadro do apoio judiciário como os demais clientes, apesar de isso constituir uma enorme injustiça.
Se todos os clientes pagassem o mesmo por cada hora que dispendemos, os clientes que pagam os nossos serviços pagariam muito menos, porque aquilo que pagam é onerado pelos custos que o apoio judiciário tem para o nosso escritório.
Na base desse padrão de igualdade, sempre procuramos gerir os processos dos "oficiosos" em termos de obter a maior eficácia das nossas intervenções. Assim, sendo a lei anterior má, porque pouco permissiva nessa matéria, sempre que algum colega estivesse impedido de realizar determinada diligência, por incompatibilidade de agenda, procuravamos que o juiz aceitasse a sua substituição por outro, sempre com o argumento de que essa era a melhor solução para a boa prestação do apoio judiciário.
Há juizes de bom senso... E quase sempre esta "saida" foi aceite... Há uns meses tive que ir para o estrangeio num período em que se vencia um prazo para uma diligência num desses processos com apoio judiciário. Em vez de alegar impedimento, pedi a uma colega do escritório que agisse no meu lugar, invocando o meu impedimento.
O juiz entendeu que não podia ser e quase que me insultou pela ousadia de, sem qualquer custo adicional, resolver a questão essencial que o apoio judiciário suscita - a do próprio apoio, na medida das necessidades e no momento oportuno. Mandou desentranhar o requerimento e mandou comunicar à Ordem.
Recorri, pagando por cautela taxa de justiça - o que é um absurdo porque não sou parte - e recebi agora a decisão, que é do Supremo Tribunal Administrativo, dando razão ao juiz da primeira instância e condenando-me em 450 € de custas. Claro que não vou recorrer para o Tribunal Constitucional, porque isso haveria de custas mais 1.500 €, segundo a bitola mínima agora praticada.
O que eu vou fazer, meus amigos, é tirar dos factos a adequada consequência. Então nós fazemos sacrificios, procuramos fazer o melhor e o Estado, de que os tribunais são órgãos de soberania, trata-nos a coice?
Já viram que a qualidade de advogado oficioso é equiparada à de parte para efeitos de recurso? Que se o advogado discordar e recorrer tem que pagar custas, mesmo que o Estado não cumpra as suas obrigações para com os advogados em matéria de pagamento dos honorários miseráveis constantes da tabela?
Eu, por mim, juro solenemente que, levando embora os processos que tenho até ao fim, nunca mais aceitarei prestar apoio judiciário a quem que quer seja.
Quando me apetecer dar borlas dou-as eu... Quando alguém precisar de ajuda ajudarei. Mas nunca mais hei-de ajudar ninguém, ficando o Estado com a fama de benemérito e o advogado a pagar custas brutais, como compensação da sua generosidade.»

Novo Cônsul de Portugal em Newark

Jornal Digital

Sobre a suspensão de Manuel de Melo

Jornal Digital

Programa para as Comunidades Portuguesas

Bases Programáticas

Valeu a pena discutir.
Boa parte dos pontos pelos quais eu e os meus amigos se bateram estão aqui consignados:

«A valorização das Comunidades Portuguesas em todas as suas vertentes será um dos objectivos fundamentais para um Governo do PS. Para isso, apostamos no estímulo à sua participação cívica e na elevação do seu estatuto social, económico, educacional e formativo, defendendo a igualdade de oportunidades entre todos os portugueses, independentemente de estarem ou não a residir em Portugal.
Factor essencial da ligação a Portugal, a melhoria e simplificação dos serviços consulares merecerá uma atenção especial. Um futuro Governo do PS modernizará a rede consular, adequando-a à realidade actual das comunidades, desburocratizando procedimentos administrativos e recorrendo às tecnologias da informação e comunicação em ordem a minorar a deslocação física dos utentes aos postos consulares.
As iniciativas dirigidas às novas gerações de luso - descendentes, o aperfeiçoamento do apoio social aos idosos e excluídos e ao movimento associativo constituem domínios onde implementaremos novos modelos de políticas activas.

Estimular a actividade empresarial no seio das comunidades portuguesas, encarando-a numa perspectiva estratégica de parcerias com o sistema empresarial nacional, incentivar a melhoria da qualidade das emissões da RTP-I e dotar o Conselho das Comunidades Portuguesas de maior operacionalidade e representação, salvaguardando o estrito respeito da sua natureza consultiva, são igualmente aspectos basilares duma política estruturada e coerente que queremos implementar no sector.»

Bases programáticas para um governo do PS

Bases Program�ticas

Apareceram finalmente na Internet as bases programáticas do Governo Ssócrates...
Tem alguns aspectos interessantes e outros menos interessantes.
Vamos analisá-lo com cuidado.

Sócrates promete auditar as contas públicas

PS - Partido Socialista

Já ouvi dizer isto a alguém. Ninguém o fez... Vamos ver se Sócrates consegue fazê-lo.
Mas com que auditores?
Os auditores são quase como os autores dos pareceres. Fazem as auditoriras ao sabor de quem lhes paga.

POSI - O que é...

POSI


José Francisco mandou-me um mail perguntando o que é o POSI. diz que vê o emblema em muitos sites mas sempre sem link esclarecedor.
Aqui fica...
Parece-me que há um conjunto de iniciativas que podem ser perfeitamente exploradas pelos portugueses residentes no estrangeiro.
E é desejável que eles aproveitem as janelas que agora se abrem.
Talvez seja necessário constituir uma sociedade em Portugal... Mas nada impede que o trabalho seja feito no estrangeiro.

Portugal: inquiry concludes bomb killed Prime Minister Carneiro in 1980

By Paul Mitchell
10 January 2005

A new parliamentary inquiry into the deaths of the Portuguese prime minister and defence minister in 1980 has concluded they were the victims of a bomb blast on board their aircraft.
Prime Minister Francisco Sa Carneiro, Defence Minister Adelino Amaro da Costa, along with their wives, the Head of Cabinet Patricio Gouveia and two pilots were all killed on December 4, 1980 when their plane crashed at Camarate, in the suburbs of the capital Lisbon.
Three previous parliamentary inquiries in Portugal had hinted at an assassination plot. One suggested an accident and the others decided there was no conclusive evidence either way.
In December 2004, Nuno Melo, president of the latest commission of inquiry, announced, “We have evidence of an explosive device placed under the floor of the pilot’s cabin, which had sufficient strength to damage control cables and injure the pilots.” Melo explained that chemical analysis of the plane wreckage demonstrated the presence of potassium and lead, which can be used to make a bomb. “It seems sufficiently clear to me that the Cessna 421A crashed at Camarate during the night of December 4, 1980 due to sabotage,” Melo stated.
Melo also suggested that a possible motive for the assassinations was illegal gun running from Portugal to Iran during the 1980 Iranian hostage crisis. The seizure of 52 hostages in the US Embassy in Teheran was the culmination of the Iranian Revolution of 1978/79. Following the overthrow of the last government appointed by the Shah of Iran, Ayatollah Ruhollah Khomeini assumed power. The inability of President Carter to secure the hostages’ release contributed to his unpopularity and helped spell defeat for Ronald Reagan in the 1980 election.
According to the commission, da Costa had cancelled a shipment of guns from Portugal to Iran which then resumed five days after his death. More guns were sent from Portugal to Iran on January 22, 1981—two days after President Reagan’s inaugural speech, during which he announced the release of the hostages.
Other evidence presented to the commission alleges that the guns, re-labelled as farm machinery, were shipped with the help of Army Marshall Costa Gomes, who was Portuguese president from 1974-1976, and Admiral Pinheiro de Azevedo, who was prime minister in 1975. Two former members of the right-wing terrorist group Commandos in Defence of Western Civilisation (Codeco) admitted they knew who had planted the bomb.
The theory that the ministers were assassinated to cover up a secret US arms deal with Iran involving shipments via Portugal has been pursued by Ricardo Sa Fernandez, the lawyer representing the relatives of the crash victims, who is also a former Portuguese finance minister.
In his book, The Crime of Camarate, Sa Fernandez claims the intended victim of the plane crash was actually da Costa. He says da Costa had discovered documents showing that Portuguese army officers secretly helped send arms to Iran in a deal between officials linked to 1980 presidential and vice-presidential candidates Reagan and George Bush Senior, and intended to raise the issue at the United Nations Security Council.
The documents included profiles of Portuguese army officers who used a “slush fund” set up by the Portuguese army to finance undercover operations during its colonial wars in Africa, investigations into the theft of arms from NATO stores, and records of shipments using false certificates from Portuguese ports.
Link with Iran-Contra scandal
That Portugal was a favoured intermediary in illegal US undercover operations was confirmed by a US Congressional inquiry in the mid-1980s into the Iran-Contra scandal. It found evidence that Lisbon airport was used in the movement of missiles from the US to Iran to provide funds for the right-wing death squads in Nicaragua.
Rumours that US-Iran arms shipments had started in 1980 circulated for several years before former Iranian president Abol Hassan Bani Sadr referred to them in a 1987 article in the Miami Herald, a few months after the Iran-Contra scandal broke.
A few journalists investigated Bani Sadr’s allegations but it was a 1991 New York Times op-ed piece by Gary Sick—a former naval officer and National Security Adviser specialising on Iran—that created a storm. Sick, once a skeptic, had become convinced that there might be some truth to the allegations.
Sick explained that whilst researching his book, October Surprise: America’s Hostages in Iran and the Election of Ronald Reagan, he interviewed many individuals who independently told him that the Iranians were allegedly rewarded with arms and spare parts for their largely US-made weaponry in return for keeping the hostages in captivity until after the election.
Sick says Republicans were concerned that Carter might be re-elected if he managed to get the hostages released. The Reagan-Bush campaign manager William Casey—a former spy chief in World War II and Reagan’s future CIA director—is alleged to have held secret meetings with envoys from the Iranian regime in the months leading up to the autumn 1980 elections.
Sick stated that Iran suddenly broke off negotiations with the Carter administration over the hostage issue until just before the election. The hostages were then released moments after Reagan’s inauguration, and arms worth hundreds of millions of dollars shipped to Iran to help in its war against Iraq. Israel appears to have been a key intermediary. Israel’s oil came from Iran, and arms sales to Iran were central to its economy. Moreover, Israel regarded Iran as a counterweight to Iraq and Saddam Hussein.
Sick also pointed out that Reagan replied to a question about his involvement in the hostage release by stating, “I did some things actually the other way to try and be some help to get the hostages out of there.” He refused to elaborate saying “things are still classified”. According to Sick, it was “the first time anybody involved in the 1980 Reagan campaign has said they were doing anything about the hostages. It directly contradicts what they’ve all been saying repeatedly: That no person was involved, that they wouldn’t touch that issue with a 10-foot pole, that they were keeping it at absolute arm’s length.”
Sick reached the conclusion that the seeds of the Iran-Contra scandal were planted during the 1980 election, which he described as a “covert political coup”.
Journalists working for various news organisations, including the Public Broadcasting Service documentary “Frontline”, ABC News “Nightline” and the German magazine Der Spiegel, took up Sicks’ allegations. Some, such as Newsweek and the New Republic, called the October Surprise allegations “a conspiracy theory run wild” and “the conspiracy that wasn’t”.
An “Open Letter from Former American Hostages in Iran”, dated June 13, 1991, called for an unbiased, bipartisan congressional investigation with the power to subpoena witnesses and documents. It stated: “For the last ten years there have been rumours, reports and allegations of foul play in the 1980 presidential election. The thought that any American, whether a private citizen or government official, may have participated in delaying release of the hostages for political gain is distressing. Until recently, these allegations have been dismissed as unsubstantiated. But substantial enough information has been presented by respected and persistent investigators to warrant a thorough examination of this matter.”
Congress initiated two investigations. The Senate investigation concluded that Casey was “fishing in troubled waters” by having “conducted informal, clandestine and potentially dangerous efforts on behalf of the Reagan campaign to gather intelligence” on Carter’s hostage negotiations. However it found that, “by any standard, the credible evidence now known falls far short of supporting the allegation of an agreement between the Reagan campaign and Iran to delay the release of the hostages” (Committee on Foreign Relations 1992, p115).
The House of Representatives report declared that, “There was no October Surprise agreement ever reached” and “wholly insufficient credible evidence” to suggest the Reagan campaign ever communicated with the Iranian government.
However, several questions remained unanswered including, how it was possible for Reagan to effect the immediate release of the hostages and resume arm sales so quickly, why no evidence was available about Casey’s whereabouts on key days and why secret tape recordings of arms dealers involved in the shipments were not released.
Whatever the truth of the October Surprise allegations, it is clear that at about the time of the Portugal arm shipments and da Costa’s death the US ruling elite were effecting a change of foreign policy—backing Iraq to prevent a wave of Muslim fundamentalism throughout the Gulf states, and financing and arming a jihad (holy war) by Mujaheddin fighters against the Moscow-backed regime in Kabul in order to undermine the Soviet Union. Under the plan, an estimated 35,000 Islamic militants from the Middle East, Central Asia, Africa and the Philippines were trained and armed to fight in Afghanistan, prominent amongst them being Osama bin Laden.

É preciso fazer qualquer coisa...

Emigraçãoo Portuguesa. Carlos Fontes

Fenómenos de exploração grosseira de compatriotas nossos, continuam por aqui e por ali, com alguma grosseria.
De vez em quando há um jornal que fala... E há alguém que diz aqui d'el rei.
É preciso melhorar a informação no terreno e prevenir.

Língua Portuguesa em Providence

Portal Comunidades.Net

Vamos ver como é que o jovem cônsul Ricardo Cortês vai promover a língua portuguesa em Rhode Island.
Que meios terá e que acções vai propôr?
O que a experiência nos diz é que estas declarações de chegada nunca se cumprem.
Não sejam as associações a velar pela manutenção da língua e... sabemos como tem sido.

Discurso vazio

Portal Comunidades.Net

Discurso completamene vazio este de António Monteiro, na sua deslocação a Angola para assinar o programa anual de cooperação.
É caso para perguntar, para além do mais, porque foi agora, à beira das eleições em vez de ter ido no ano passado.
O Ministério dos Negócios Estrangeiros funciona cada vez pior.

Do lado do PSD...

Portal Comunidades.Net

Do lado do PSD o discurso é muito parecido.
Continua a esquecer-se em ambos os terrenos a importância que os emigrantes podem desempenhar no quadro da globalização.

Aprofundar a cidadania

Portal Comunidades.Net

Há uma melhoria sensível no texto agora vindo a público, ao qual foi retirado o sentido proteccionista e miserabilista das primeiras provas.
«Aprofundar a cidadania» só pode ser interpretado como o reconhecimento de que os niveis de cidadania dos portugueses residentes no estrangeiro andam por baixo.
É preciso dizer, de forma clara, que eles são tão portugueses como nós que vivemos em Portugal.

Casimiro volta à carga

Cito, sem comentários:
«Gostariamos aqui de perguntar também!....
E o pessoal do PSD e do PS, que aparecem todos os dias, só para nos fechar consulados, aumentar os Documentos Consulares, dificultarem a vida dos Emigrantes???
Aparecer para que?... Para vir comer os nossos melhores Carneiros?
Distribuir medalhas igual noiva na porta de igreja distribuindo rebuçados?
Vem com as amantes .. sendo pagas como sendo secretárias?
Qual a diferença entre o Cesário e o Medalhudo de Azemeis?
Todos os Consulados que o Cesário fechou foi deixado organizado pelo Lello, que os queria fechar antes do antigo 1º Ministro , que desertou, por não conseguir governar Portugal....
Ai agora querem voltar para quê??? Para Montar um governo "arcoIris"?
Eu vou votar em gente que ainda não mostrou que não presta!...
As Listas do PND da Europa e do Resto do Resto , são todos da Emigração!..
Honestidade com a Diáspora é isso.. ai!.... Se gosta-se de ser corneado... iria para Um praça de Touros!.... O PORTUGALCLUB é a melhor coisa do mundo.. quando fala bem de nosso Partido e mal dos Outros!.... Eramos Oposição... era precisa rachar lanha!... agora que já somos Governo de Novo.... O PORTUGALCLUB... Não presta ... è Fascista.... è Salazarista!...»

Portugal Expresso

Portugal Expresso

Quase concluida a nova página da rede Portugal Expresso.
Por enquanto ainda nos estaleiros do Rodrigo Laranjo, da Magna 4.
Filho de um português do Porto é dos melhores informáticos que encontrei até hoje... Em S. Paulo.

Sintomático (sic)

Para interpretar e meditar:

«Que nos interessa là o Melo e o Carrelo e companhia, isso so interessa os socialistas,
o que nos interessa a nos os imigras, sâo gajos e gajas que estejam fora dos partidos que aqui passam a vida a denunciar a aselhice, toda a gente sabe que no terceiro dia dum governo socialista na europa, este é mais de direita que os da direita, mas que os da direita, nâo viram para a esquerda, salvo o Chirac, quando bebe duas Coronas, mas logo se esquece tanto que nem vê que està a apoiar o gajo que o vai levar à prisâo... Votem num pedreiro, pelo menos melhoraram a sua vida de familia, para o resto, nâo hà hipotese as disciplinas partidàrias escravizam os homens. Votem todos à esquerda, até o braço torcer, o PS nâo é um partido de esqueda. Votem contra, mas nâo pela direita, deixem deixem là os carrelos e melos, que mercem o meu respeito como homens.. Coisas para vos, nâo comerei tremoços com os socialistas, recusarei a sopa dos tipos da direita».
Fernando Oliveira (Paris)

quarta-feira, janeiro 26, 2005

PS - Partido Socialista

PS - Partido Socialista

No PS ninguém tem vergonha do seu líder.

PUBLICO.PT - �ltima Hora

PUBLICO.PT - Ultima Hora

Afinal parece que ha novos numeros do defice publico...

Notas Verbais

Notas Verbais

Sempre atento, Carlos Albino traz-nos as últimas das embaixadas.

terça-feira, janeiro 25, 2005

Um bocadinho mais tarde...

«O Voto para mudar Portugal é o Branco!. mas neste momento, em que um Partido, majoritário, ameaça tomar conta de Portugal, e acabar com ele e os Portugueses, é preferivel, elegermos o PSD, que está com a Crista Baixa, e assim, baixamos a Crista também do Galisé, que está ai com o Pescoço todo enpinado. Deixo aqui bem claro, que não estou acusando ninguém em Particular , antes sim todos no Coletivo!... Gostaram?
PORTUGALCLUB// Lutando contra a Ditadura do PS»
... Posted by Hello

Umas horas depois...

«O PS, só Gosta de Febras.
Toucinho que o Coma o PSD.
A Ben da Verdade, nenhum dos dois vale o Papel Higiênico que gastam!...
Gente !.... Atenção O Certo seria o Voto em Branco!
Mas isso não vai evitar que um dos dois se Eleja!...
Gente ... rui ... são os Dois... O PSD será melhor ...
O PS..... Vai ser pura tirania.... Vai ser pior que qualquer Salazar da vida.

Gente.... Vamos em Peso no PSD....
Melhor ... Muito melhor o Medalhudo de Oliveira de Azemeis do que o Vingativo Lello.
PORTUGALCLUB// Vamos com PSD»
A terra a quem a trabalha... Posted by Hello

A loucura continua...

O homem passou-se mesmo.
Veja-se esta sequência:

«Uma Coisa garanto o Futuro Governo PS, vai ser Café pequeno perto do PSD. Mas vocês ainda não ganharam, e já estão com as garras de fora desse geito , amendrontador.... Será que não estamos a tempo de fazer campanha renhida a favor do PSD????
Eu já estou rependando isso!... Melhor um Governo Rui1.... do que um Governo Vingativo e anti-Democrático!...(sic)»



«Temos ai a frase e podemos publicar a integra. Não estou me referindo ao Amigo Miguel , mas observe bem, que estou me referindo ao Partido.... "AOS" Partidos... PS e PSD.... Repito: Ainda não ganharam , e já estão com as garras de fora. Vou mais longe: aCrescentando, não só com as garras, mas com toda a dentadura , esperando a hora de morder... A ditadura força Bruta, que se avisinha, qualquer um que ganhe vai ser de doer, nos costados dos que menos podem!.... O Amigo Miguel, não precisa levar para o lado pessoal, pois não foi essa, nem será minha intenção. O Sistema Eleitoral Politico em PORTUGAL, é antidemocrático e ditadorial.... Tenho dito e digo. Ponto. Casimiro Martins Rodrigues Militante do PS. Mas tenho os Cornos em pé.»
Com a resposta imediata de um emigrante da Bélgica:
«Mas o que é que se passa Sr. Presidente Casimiro?Há muito tempo que nos tem alertado para a má política do Governo para a Emigração. Há muitos dias que nos vem dizendo que é do contra e tem vindo fazendo campanha pelo voto em branco.
Hoje é a reviravolta total e diz-nos, na entre-linhas, que afinal está tudo bem, que é a favor da continuidade da política do PSD para a emigração ao dizer: vamos com o PSD. Seja coerente Senhor Presidente Casimiro, senão mais ninguém vai acreditar no que nos transmite ou escreve.
Fernando C. Moreira Liège (Bélgique)»
Temos que continuar a trabalhar a pedra bruta...  Posted by Hello

Cobardia...

Fiquei francamente aborrecido com esta montagem.
Acho que, nos termos em que foi feita, é um golpe cobarde e desleal, que me obriga a mudar completamente a minha posição.
Não vou insultar ninguém, não vou dizer que o homem é louco, vingativo ou o que quer que seja.
Deixei é de pensar que é um bom homem. E isso entristece-me.
Acho que tudo isto é marcado por enorme cobardia.
Já sabia que este forum não é um espaço aberto. É um espaço censurado, uma espécie de quinta onde o Casimiro só planta as couves que entende.
Ele, aliás, confessa-o de forma frontal e por isso não pode ser acusado do que quer que seja. O que não legítimo é manipular os textos a que tem acesso e montá-los a seu bel prazer.
Seja como for, para o bem e para o mal, o PortugalClub é um fenómeno que merece ser estudado.

Não resisti a enviar um último post:



«Senhor Casimiro:

O que o Sr. fez não é sério. Pior do que isso: é ordinário.
O Sr. retirou um conjunto de frases do contexto e fez uma montagem.
Se o Sr. é homem publique a mensagem que lhe mandei sem comentários.
Se é um garotola, deixei ficar tudo como está...
O que eu escrevi está tudo no endereço
http://portugalglobal.blogspot.com/ que o Sr. suprime de forma desonesta.
Com esta brincadeira o Sr. passou todas as marcas.
Porque isto é desonesto.
Eu é que tenho culpa; eu sei.
Dei-lhe confiança demais. E o sr. entrou pela via de ordinarice.
Esteja descansado, que eu prometo fazer-lhe muito pior e publicar um colectânea de Casimiro por ele próprio.
Sei que o Sr. não vai publicar isto, como não publicou a mensagem anterior. Porque o Sr. não sabe respeitar a liberdade dos outros.
Pode fazer deste texto o que quiser, mas não o autorizo a truncá-lo a modificá-lo, a transformá-lo.»

Felizmente há luar...

Boa parte das citações são retiradas do contexto e do tempo histórico em que estavam integradas.
Ainda bem que os textos integrais existem nem discreto blogue, que não é conhecido e que praticamente acessivel apenas um restrito grupo de amigos.
São as minhas confissões, do meu dia a dia e eu tenho o direito de as gerir como bem entenda, até porque o bloguismo não é propriamente comunicação de massas.
Quem anda à chuva molha-se...
E qualquer um está sujeito a apanhar um bronco pela frente, que lhe faz uma coisa destas.
Aprendemos todos os dias... E ficamos a conhecer melhor, também todos os dias, os «fenómenos» na nossa emigração.

Cá vai, para que não se apague a História

A barbaridade é esta, com a grafia original, apenas sem os verdes e os vermelhos do texto original:


(" Palavras e pensamentos de Miguel Reis " )

Situação difícil

A questão da escolha dos candidatos a deputados pelo circulo Fora da Europa está ultrapassada. Foi, claramente, uma golpada do José Lello, mas está feita. Os candidatos são maus - do que me dizem deles são mesmo muito maus. Mas os anteriores também eram muito maus... O voto em branco é uma tentação. Mas de que serviria ele? Serviria apenas para poder responsabilizar o José Lello pela má escolha que fez. Sugeri aos camaradas socialistas do Brasil que recuem e aceitem apoiar os tais candidatos desde que eles se comprometam politicamente. Como é gente que mal se conhece o melhor é fazê-lo por escrito.

******************* Continua o Pensamento de Miguel Reis *************
Está tudo doido...

O PS é um partido democrático e não faria sentido que tivesse, no seu estatuto, um instituto próprio do antigo regime.
Isto não passa de uma confissão da golpaça.
Eu sei, porque estava em S. Paulo no mês passado, que José Lello foi informado de tudo o que se estava a passar.
Sei também que um dos seus assessores veio com o mesmo argumento. Mas tendo-lhe respondido os dirigentes da Federação, não ripostou, como se tudo estivesse regularizado.
É uma vergonha. Nem o PC ousa ir tão longe...
"Toronto lamenta ausência de emigrantes da lista eleitoral"Apetece responder:
Vocês é que têm culpa porque votam neles.Ainda não perceberam que ser deputado pela emigração fora da Europa é um altíssimo tacho e, quiçá, a única forma de alguns tipos do Continente correrem o Mundo. Vejam o Diário da Assembleia da República e o que tem sido a intervenção dos não emigrantes que vos representam. Uma vergonha completa. Eu tenho que prestar homenagem ao Eduardo Moreira. Mas tem o mérito de sentir na pele o que é ser emigrante,Hoje há um ambiente de generalizada rejeição dos portugueses da Diáspora por parte dos políticos do bloco central. São ignorantes – alguns são mesmo burros – andam nisto para tratar de negociatas pessoais e, porque não têm uma dimensão estratégica da diáspora, o que têm como projecto consiste em reduzir as comunidades existentes a uma série de Malacas.O Lello inventou os “luso-descententes” e influenciou o artº 47º do Regulamento da Nacionalidade, que impede os portugueses residentes em países de língua estrangeira de registarem os seus filhos em Portugal. Deu, de outro lado, uma machadada de morte na união das famílias portuguesas, criando um esquema (o da vaguidade das ligações efectivas à comunidade portuguesa) que inviabiliza a união das famílias. Tenho um cliente chinês (que fala português) casado com uma portuguesa, que vive com cinco filhos que são portugueses, que sustenta os sogros que são portugueses... mas não pode ser português, porque não consegue provar que tem uma ligação efectiva à comunidade portuguesa. Isto só é possível porque vocês, os que tiveram (e continuam a ter...) que abalar daqui não têm voz nos órgãos legislativos. Se não fossem as massas que mandam para aqui (quase 10% do valor das exportações) mandavam-vos bugiar. Até nisso são enganados... Mal sabem os filhos dos emigrantes com outra nacionalidade que são considerados emigrantes se depositarem dinheiro em bancos portugueses... mas não são se quiserem ficar em Portugal mais de 90 dias. Se o fizerem correm o risco de ser expulsos.Isto é a suprema hipocrisia.Não me choca nada se, perante as listas que temos aí, votarem em branco. O voto em branco não é a mesma coisa que não votar. É uma declaração de vontade de participação política e a rejeição frontal da política proteccionista dos senhores de Lisboa e Porto.Você são tratados como uns saloios.
E eu acho que é a hora de devolver o insulto.
Enviei há dias ao PS umas breves notas de medidas e incluir no programa de governo. Coisas simples para resolver algumas necessidades prementes. Veremos se lhe são alguma importância ou se vão, pura e simplesmente, para o lixo.
Cumpri a minha obrigação de participar. Veremos se cumprem a deles...
É só cortar e colar:
Carta a José Sócrates
Os meus amigos do Brasil ficaram muito aborrecidos com a ofensa do PS. Não está certo que, de um lado, os desafiem a envolvers-se na vida cívica e do outro os desrespeitem de forma tão grosseira.
Entendi escrever uma carta ao José Sócrates, a qual é, simultaneamente, um desagravo desses amigos.
Aqui fica:
Exmº Senhor
Engº José Sócrates
Secretário Geral do Partido Socialista
Largo do Rato
Lisboa
Estimado Camarada:
Não posso deixar de lhe dirigir uma palavra, relacionada com as escolhas de candidatos a deputados para os círculos da emigração.
Faço-o com o à-vontade de quem sempre assumiu - nalguns casos em público e por escrito - que nunca aceitaria ser candidato e que sempre defendeu que os candidatos deveriam sair das próprias comunidades da diáspora.
Faço-o em coerência com os compromissos políticos que decorrem das minhas intervenções cívicas, como militante do PS, ao longo de vários anos, junto de algumas comunidades portuguesas com peso relevante no contexto da sociedade em que todos nos inserimos.
Daí que, mais importante que os negócios das comendas, seja especialmente relevante reflectir sobre as políticas da cidadania portuguesa – desde a questão da nacionalidade à questão do acesso aos serviços públicos, nomeadamente dos serviços consulares – procurando melhorar a sua qualidade e a sua coerência, por via do aproveitamento dos recursos que as novas tecnologias nos fornecem.
No entendimento dos nossos camaradas do Brasil, o Aníbal Araújo não tem nem a confiança nem o prestígio suficiente para poder representar os nossos compatriotas na Assembleia da República. É conhecido na comunidade como um mero angariador de anúncios para uma publicação que poucos conhecem, porque não tem difusão.
E nada tem a ver com as comunidades no exterior.Fernando Ramos é uma pessoa pouco conhecida, não se lhe conhecem ideias políticas e não reune consensos.
A ambos se reconhece como coisa comum o de nada de relevante terem feito pela comunidade portuguesa. Esta é a opinião generalizada dos camaradas do Partido Socialista.
Daí que a postura adoptada pelos órgãos nacionais do PS seja entendida como uma afronta aos órgãos locais mas, sobretudo, como uma enorme falta de respeito pelas regras democráticas.Mas o quadro é outro; e não há nenhuma dúvida de que o voto em branco é forma democrática de sufrágio.
No nosso sistema constitucional, o voto em branco é a forma de dizer: «quero participar na vida política, mas não tenho candidato que me mereça confiança.
Por isso voto em branco».Nesse debate, ficou para mim claro que os camaradas rejeitaram liminarmente a hipótese de virem a apoiar as pessoas que já estavam indigitadas e relativamente às quais a Federação havia declarado formalmente a sua desconfiança.
Por isso me pareceu que a maioria das opiniões se inclina para que se apele ao voto em branco, como forma de protestar pela prepotência de que os órgãos locais foram alvo.
Dir-se-à que fica prejudicado o partido, mas, respondem os camaradas, entre os deputados escolhidos por Lisboa e os do PSD não se alcançam diferenças, pelo que o partido, em vez de perder, ganhará se eles não forem eleitos.Se os camaradas do Brasil deliberarem apelar ao voto em branco como forma de penalizar os responsáveis por este abuso, estarei, naturalmente com eles.Porque, como eles, penso que o Partido não perde nada com isso.
Antes se valoriza, porque é um partido democrático e deve começar por respeitar a própria democracia interna.No dia 20 de Fevereiro veremos o resultado desta barbaridade.
Pena é que se tenha desfeito o sonho de conquistar desta vez dois deputados no círculo Fora da Europa, o que estava perfeitamente ao nosso alcance.
Lastimo, sinceramente, ter-me envolvido nas acções políticas em que me envolvi, procurando ajudar na implementação de uma estrutura efectiva do PS no Brasil, que hoje conta com cerca de 300 militantes.
Eu deveria ter percebido que isto não interessa a quem tem da emigração uma visão tacanha que eu não comungo e na qual não quero participar.Sem prejuízo de tudo isso
- e da clareza de pensamentos e de propósitos de que nunca abdiquei
Miguel Reis

Não gostei do que vi nas Novas Fronteiras.Tudo muito fraco, muito superficial, muito débil.Fiquei chocado com o que Alberto Costa escreve sobre a Justiça.
Os sinais dizem-nos que Sócrates está prisioneiro.
O peso pesado desta maioria é, claramente Jaime Gama, esse peixe de águas profundas que Mário Soares criou no seu aquário e que há uns tempos se incompatibilizou com ele.Gama não ousa enfrentar Mota Amaral nos Açores, apesar de ser açoriano,
O PS pode ser seriamente penalizado com isso
O personagem não é simpático e há muita gente que não aceita dar-lhe o voto depois dos seus últimos discursos.Para além do mais, Jaime Gama não é fiável.
Combate os seus próprios camaradas, como se viu quando colocou o presidente da Federação da Suiça do Partido Socialista a pão e água durante um ano. Em Viana do Castelo, Gama colocou como cabeça de lista um dos seus próceres, Luís Amado, que se fala que será o próximo ministro dos Negócios Estrangeiros. É uma pessoa estranha, muito pouco conhecida, consta que com grandes simpatias pela administração Bush, sobretudo depois de te frequentado u a universidade americana, havida como a escola da Cia para quadros políticos estrangeiros.
Por lá passou também Durão Barroso e viu-se o resultado.No Porto diz-se que o número dois é José Lello, há muito tido como um homem de mão de Gama.
É um político conhecido pelo gracejo, a quem não se conhece uma ideia política sólida.
Mas poderá vir a ser o próximo ministro das Obras Públicas, se não for ministro da Defesa. O que se dá como certo é que ficará numa área de «grandes negócios».
Na Guarda fica o «Cardeal» Pina Moura, representante dos interesses espanhóis da Iberdrola. Muito criticado pelas suas faltas estratégicas às reuniões da comissão parlamentar de economia e finanças este antigo comunista é entre os políticos portugueses um dos que melhor tem sabido gerir os seus interesses pessoais em termos de poder.
Matilde Sousa Franco, viúva do malogrado António de Sousa Franco aparece a encabeçar a lista de Coimbra, o que foi interpretado por alguns analistas apenas como uma forma de arranjar emprego à respeitável senhora.Da biografia oficial consta, porém, um dado importante: Matilde Sousa Franco é membro da direcção da Oikos. A Oikos - Cooperação e Desenvolvimento é havida como sendo uma entidade ligada à Opus Dei.
Deixa-se esta anotação para pôr em crise a ideia de que Matilde Sousa Franco é uma coitadinha qualquer, que claramente não é... Sempre se diz, porém, que ficaria melhor como provedora da Santa Casa da Misericórdia do que como cabeça de lista pelo círculo de Coimbra.
...círculo Fora da Europa foi feita «pela Federação do Resto do Mundo». Mas esta federação não existe... Como é isto possível?- Oh Magalhães, eu não me quero meter nisso. Isso é tudo uma merda, com gente de merda, eu trabalho, não tenho sequer tempo para me meter nisso...- Mas, porra, a gente sempre pediu a tua opinião, tu tens-nos ajudado, isto não pode ficar assim, temos que dizer alguma coisa às pessoas, que não vão compreender...O Magalhães estava simplesmente amargurado.
Ele tem trabalhado que nem um cão na organização de actividades políticas para promover a imagem do PS.
É de uma injustiça incrível não respeitarem o seu trabalho, a sua dedicação, o seu amor ao PS.numa comunidade como a do Brasil, marcada pela concorrência entre os vários comendadores.
O Almeidinha também é comendador, mas tem a vantagem de ninguém lho chamar porque ele o encobre. Não precisa do título, porque tem outros;
«Está decidido. Não será chefe de lista quem ousa dizer que o líder é bicha».
Já me chamaram paneleiro várias vezes.
Rio-me porque sei que não sou e sei que toda a gente no mundo sabe que não sou. Se eu fosse agiria como o chefe porque alguém estaria a violar um dos meus maiores direitos: o direito à privacidade.
Cada um usa o rabo como entende, tendo porém o direito de exigir que do mesmo não haja notícia.
PORTUGALCLUB// A Informação Real
"O PortugalClub, nas linhas acima, passa pensamentos e Palavras da Autoria e responsabilidade de Nosso Companheiro Miguel Reis/ Militante do PS»

Não era bebedeira...

Perante o que se contém no post anterior, armado de paciência, mandei-lhe a seguinte mensagem:

«Oh Casimiro... Você bebeu hoje? Veja lá se tem tino...e se volta a si.
O Sr. já teve razão uma série de vezes e assim perde completamente o crédito.
Ninguém tem criticado mais o Lello do que eu. Mas não é caso para esse ódio nem para essa falta de senso.
O Lello não é igual ao Cesário...
O Lello transformou os nossos consulados que eram um vergonha em repartições decentes. A gente pode não concordar com ele no método das escolhas... Mas agora não vamos chover no molhado.
Você que é um tipo inteligente (deixe-me dizer-lhe, como seu amigo, que você é um bronco mas é inteligente) deveria já ter percebido que essa desenteria não leva a nada e só o encrava.
É ou não é verdade que, com todas as divergências de pormenor, estivemos sempre do mesmo lado, contra as prepotências e os abusos do Cesário, contra a destruição dos serviços de apoio aos portugueses?
Vamos jogar tudo isso fora?
Vamos criar um vazio?
Vamos dar o ouro ao bandido? Você tem que pôr essa inteligência a funcionar...
Há passos importantes que se deram nestes dias. Há compromissos... Tem havido conversas muito duras.
Só não erra quem não é homem?
O que é que nós queremos (eu não sou emigrante mas tenho estado sempre do vosso lado... e você não me vai desmentir) não é melhorar a condição dos portugueses?
O que nós queremos não é que eles tenham mais informação, que tenham serviços via Internet, que se sintam na sua casa mesmo que estejam à distância?
Para que é que você isto (o Portugal Club), foi para destruir, para vaidade pessoal ou para ajudar a melhorar as condições dos emigrantes?
Então vamos ter tino... As listas não são as melhores, mas têm gente séria. Até aqueles que a gente não conhece podem vir a ser bons representantes se se comprometerem com as comunidades.
O que temos que fazer agora é comprometê-los, obrigá-los a aceitar as legítimas aspirações dos emigrantes.
Há um velho ditado que diz que «todos os burros comem a palha; é preciso é saber dar-lha». É isso que temos que fazer.
Você duvida da seriedade do Carrelo?
Você duvida da combatividade do Melo?
Você acha que o Lello vai voltar atrás nalgum compromisso se as comunidades lhe fizerem saber o que querem? Nisso, ninguém pode acusar o Lello de ter falhado a compromissos.
Eu critiquei o método da escolha. Mas isso está ultrapassado... No resto sempre o defendi (lembra-se?). Há uma obra notável que ele fez em termos de instalações. Com o orgulho que ele tem (é um homem do Porto, não se esqueça) acaba por ser a pessoa ideal para realizar uma série de projectos que não irão avante se cruzarmos os braços.
Para já lhe digo: é o único político português com capacidade e contactos para dar uma ajuda à Portuguesa e para repor no lugar a que ela tem direito.
É o único político português com arrojo suficiente para instalar «lojas de cidadão» onde as pessoas estão a ser mal servidas.
Com todos os defeitos que tenha, é uma pessoa que cumpre quando se compromete. E eu tenho autoridade para dizer isto, porque andei as turras com ele.
Fala você de autoritarismo... Não tem razão nenhuma...
Há é má informação, porque isto tem estado tudo morto. E ainda não houve tempo para dizer que as coisas mudaram.
Todos temos defeitos, mas você sabe que o PS é o partido das liberdades. É do nosso cerne lutar contra o autoritarismo e vamos continuar a fazê-lo.
Ou você julga que se o PS ganhar continua aquela pouca vergonha em S. Paulo, de um consulado à porta fechada. Posso dizer-lhe que foi o Lello quem, depois de ouvir os companheiros de S. Paulo perguntou como é que isso era possível... Porque ele estava mal informado. E ao que sei garantiu que a primeira coisa que fará um governo do PS é abrir as portas do consulado ao público e que a segunda será mudar o consulado para o centro da cidade, onde possam chegar todas as pessoas.
Isso é positivo. Temos que ter a humildade de dialogar e de nos entendermos. Temos que pensar nas comunidades, mais do que nos nosso interesses pessoais.
E temos que ter nós próprios dignidade.
A política é a mais nobre das artes. Não a podemos misturar com merdas, papeis higiénicos e cornos, no lugar das ideias.
Você é um grande lider e os lideres não fazem a merda que você fez nos últimos dois dias.
Pare um bocadinho e pense, que é o que o meu amigo precisa.
Não tem necessidade de por esta mensagem no ar... Mas se tiver a coragem de o fazer, faça-o só depois de relaxar, pensar e agir como um ser racional.
Tenho a certeza de que ao meu lado estão milhares de pessoas (falei com algumas delas) que não querem que o Casimiro se transforme naquilo que ele não merece.»
Falamos a seguir e ele respondeu-me que não estava bêbado porque lhe tinha acabado o vinho. Acreditei e lancei uma apelo ao bom-senso.
É uma pena que ele destrua este interessante forum, de onde todos os dias desaparecem pessoas interessantes.
Disse-lhe que o texto não era para publicar, que era um texto para ele ler e meditar.
E o que é que fez o homem?
A maior sacanisse que me fizeram nos últimos tempos: retirou textos que têm uma história e um tempo do seu contexto e publicou uma miscelânea que só não é ofensiva porque é desonesta...

Descambou mesmo...

Este Casimiro é um personagem. Alguns amigos meus dizem que é completamente louco e eu respondo que talvez não seja, talvez seja apenas bronco, mas que disso não tem culpa.
Ontem lancei um sinal para testar até que ponto ele se porta de forma séria. Enviei-lhe o post antecedente...
«Meu Caro Casimiro:

Sabe a consideração e o respeito que tenho por si. Sou muito leal e exigente com os meus amigos. E considero-o um amigo, que sempre tratei como tal.
Por isso tenho autoridade para criticar o que entendo dever ser criticado.
Já exprimi a minha opinião sobre o Carlos Luís e o Melo e não volto a conversar sobre isso.
O que lhe digo é que estou convicto (por razões que não tenho que explicar) que o Manuel de Melo vai mesmo ser deputado. Ponto final sobre esta matéria.
O meu post anterior tem a ver apenas com uma coisa: não é preciso entrar no plano do insulto gratuito.
E agora o Sr. insultou-me a mim, o que não lhe admito.
Nunca escondi que sou sócio do PS e tenho um passado respeitável de luta pelas liberdades e pelos direitos dos meus concidadãos.
Quando entendo criticar o meu próprio partido, critico sem pedir autorização a ninguém.
Que o Sr. venha agora insinuar que eu estou envolvido numa postura menos honesta (“Mas vocês ainda não ganharam, e já estão com as garras de fora desse geito , amendrontador....” ) é coisa que, claramente não lhe admito, porque é uma falta de respeito intolerável para comigo.»

Grande asneira. O homem não percebeu patavina do que eu quis dizer. E ripostou nestes termos (respeito integralmente a grafia):

«Quando se Corta e critica na Casaca dos Outros, é arroz doce!... Quando nos nossos olhos, passa a ser pimenta malagueta!...
Favas para o PSD... Para o PS...vamos servir só Costeletas ou Leitão á Bairrada!...
No Róscofe do Ps, bom passar uma Vaselina importada... no CÓ do PSD, vai com Cuspo mesmo!... e olha Lá...
Dr Reis, não posso pensar com dois Célebros ( se é que o tenho ) . O PORTUGALCLUB, não tem filiação nem compromisso politico com nenhum dos partidos que por ai existem. nem do Salazar, gosto mais, aliás nunca Gostei... só falava isso... Para ver até onde a Liberdade de expressão existe em PORTUGAL. Mas quer saber, quero que O Salazar, Marcelo Caitano, Spinola, e todos os outros estão bem no fundo do Inferno. O PORTUGALCLUB, é livre de qualquer cor partidária... Somos Oposição!....
Quanto ao Melo e carrelo, reafirmo, o que todos sabem: Não são candidatos a Deputado. São candidatos a Suplente...
Suplente e nada é a mesma merda!... Me desculpe a possivel ofensa!.... Mas eles estão sim enganado a Emigração.... pois estão pedindo Votos para se elegerem Deputados... qaundo na Realidade... não são elegiveis!... Contra esta realidade... só emganam quem não entende do Sistema Eleitoral de PORTUGAL. Sou Contra o Voto enganoso... Sou a Favor do Voto em Branco... Como protesto!....
Reafirmo... O Carrello, é emigrante... o Melo é um funcionário Publico de Portugal em Serviço em um Consulado de Portugal, portanto trabalha em território Português.... O melo, não poderia ter-se eleito CCP, a Lei era Clara... mas foi desrespeitada.
Miguel Reis, conforme o Sr me disse, eu não tenho todas as informações... mas tenho as Suficientes... para dizer com claresa que o Melo, não é Candidato a Deputado... é candidato a suplente de deputado.... e nunca por esse caminho vai ser Deputado... Estão enganando a Diáspora. E Mais o PORTUGALCLUB, está aqui não ofendendo ninguèm... apenas fazendo um serviço de Apoio e Informação.....
Quando no minimo nos defendemos!.... de acusações... como essas que começa a me fazer..... Enquanto o Desrespeito ao POVO de PORTUGAL continuar neste ritmo, e que promete ficar bem pior.... com o PS que por ai vem... Vamos ter muito mais serviço pela frente.
Uma Coisa garanto o Futuro Governo PS, vai ser Café pequeno perto do PSD. Mas vocês ainda não ganharam, e já estão com as garras de fora desse geito , amendrontador.... Será que não estamos a tempo de fazer campanha renhida a favor do PSD????
Eu já estou rependando isso!... Melhor um Governo Ruim.... do que um Governo Vingativo e anti-Democrático!.....
PORTUGALCLUB// Na bola da Vez.»


Passadas umas horas, Casimiro já tinha virado o bico ao prego para apoiar o PSD, depois de há menos de uma semana se declarar apoiante do PDN e da CDU:
«O PS, só Gosta de Febras.
Toucinho que o Coma o PSD.
A Ben da Verdade, nenhum dos dois vale o Papel Higiênico que gastam!...
Gente !.... Atenção O Certo seria o Voto em Branco!
Mas isso não vai evitar que um dos dois se Eleja!...
Gente ... rui ... são os Dois... O PSD será melhor ...
O PS..... Vai ser pura tirania.... Vai ser pior que qualquer Salazar da vida.

Gente.... Vamos em Peso no PSD....
Melhor ... Muito melhor o Medalhudo de Oliveira de Azemeis do que o Vingativo Lello.
PORTUGALCLUB// Vamos com PSD»

segunda-feira, janeiro 24, 2005

Isto está a descambar...

Sempre fui de uma grande tolerância perante este "fenómeno" que se chama PortugalClub. Tive a oportunidade de felicitar, por várias vezes, o Casimiro pela sua obra.
O meu amigo Carlos Albino é da mesma opinião, ainda recentemente expressa no seu blogue.
Desvalorizei sempre as contradições e os exageros que surgem nesta tela, porque elas e eles são, em si mesmos, resultado da liberdade de comunicação.
Estou-me marimbando para os vivas ao Salazar que o Casimiro para aqui lança de vez em quando. Cada um alimenta os fantasmas que e não vale a pena dar-lhes outros quando aqueles lhes estão agarrados à alma.
Uma coisa é a opinião política... Outra, bem distinta, é a honra das pessoas.
E nesse plano eu acho que se estão a ultrapassar as margens, insultando-se cidadãos impolutos.
O que o Casimiro escreve do Melo e do Carlos Luís é injusto e ofensivo.
«Eu Casimiro, não entendo nada de nada, por isso, mesmo, gostaria que alguém entendido me explica-se, porque ? Se a Dona Sardinha , não quer ser Deputada pelos Emigrantes, pois nada tem a ver com eles, e vai ser portanto indicada para qualquer coisa na UE. Então porque não larga o OSSO logo? Assim que ela indo para A UE, assume no lugar dela o Carlos Luis, que também não é Emigrante, mas quem sabe, pega o Melo de Ajudante dele, daqueles que carregam as malas? Porque tanta Palhaçada? Porque o Melo se Sugeita tanto a ser um OficeBoy ?
Agora!... Quem não enxerga que alguêm no MNE está fazendo o Melo de "vitima", para que a bobalhada dos Emigrantes nele votem, e elegem a Rainha Dona Sardinha? Melo, Honre seu nome e as Calças que veste!... Respeite a Emigração... Aliás você devia reconhecer que não É Emigrante. Você é um Funcionario Publico. Um funcionário de representação Consular!...Você trabalha, dentro de um Espaço considerado Território Nacional!....
VOTO em BRANCO... Para Manter o Respeito!.... PORTUGALCLUB: Machado? Onde estás Tú ???»
O Carlos Luis era emigrante antes de se envolver na política. Foi exilado em França, sofreu... e viveu mais tempo no estrangeiro do que em Portugal.
Então o Melo não é emigrante pelo facto de ser funcionário de um consulado?
E agora insinua-se que eles "estão feitos" com alguém do MNE para se colocarem numa posição de vítimas?
Isso é insultuoso. O Melo tem ainda um processo disciplinar por defender as crianças portuguesas que os suiços queriam por em escolas de deficientes. E outro por exigir que o Consulado garanta aos portugueses serviços de qualidade.
Isto está a descambar para um rumo intolerável, porque começa a tocar na honras das pessoas.
Não seria necessário ir por esse caminho de má-criação.
Era assim em Lisboa... Posted by Hello

Casimiro igual a ele próprio

No seu estilo tão peculiar, Casimiro volta à carga. Reproduzo o seu texto tal qual ele figura no PortugalClub:

«1º Você não vai eleger o Melo, nem o Carrelo, pela simples e verdadeira rasão de que eles não, são candidatos. Apenas emprestaram o nome para figurarem como figurantes em um local de Lista, que todos sabemos é eligivel. A figuração deles, apenas se presta a servirem de Isca, na ponta de uma vara, para pegar Carapaus.
2º Gostaria, de lhes dizer caro Amadeu, que prezo muito sua companhia no PortugalClub, onde lhes é permitido dizer o que quizer. Só não lhes podemos permitir, que tente desmoralizar o PORTUGALCLUB, com isinuações, que não goste de que possiveis mensagens suas não foram divulgadas. O Sr. precisa ser menos distraido, e ler as mensagens até final, pois a sua pode não ser a primeira. E as mensagens as vezes levam agrgadas até 4 ou mais mensagens. Precisa ler tudo... ou não entrar com balófias. Sua mensagem, pode encontrala em qualquer uma das 200 páginas que o PortugalClub tem na Net , por exemplo
http://groups.msn.com/portugal
3º O Sr Vote lá np PS, que vai eleger o Medalhudo de Oliveira de Azemeis, e promova a eleição da Dona Sardinha na Europa. Que Emigrante mesmo... no PSD ou no PS , não tem para ninguém!.... Quer ser enganado seja.... Não engane os outros!...
Emigrantes mesmo só no PND e no PCP.... Pronto!... Se gosta mesmo de ser "Corneado" é facil, vá na Feira. e compre um Par dos de BOI bem grandes e saia nas Ruas enfeitado.... Na Minha Cabeça não... Que não gosto de carapuças....
PORTUGALCLUB// Chifre é no PS e no PSD»

O Casimiro é teimoso que nem um burro e vai levar esta até ao fim.
Há uns tempos ele dizia que era do PS.
Depois passou a defender o volto em branco.
Agora diz que vota no PND.
Bem prega frei Tomás... Depois da irritação decorrente da completa marginalização das comunidades na escolha dos candidatos, é preciso ter tino e pensar no que é a função do voto.
Nestas eleições o que está verdadeiramente em causa é a escolha entre manutenção do Santana Lopes ou a escolha do Sócrates.
Votar em branco ou votar em qualquer partido - para além do PS e do PSD - não aquenta nem arrefenta. E nem se diga que a votação nos circulos da emigração não tem importância. Ela pode determinar a maioria, como já aconteceu noutras eleições.

Protesto de Amadeu Moura....

Amadeu Moura, do Canadá, protesta junto do PortugalClub e suscita suspeita de censura:

«Mal soube das sanções aplicadas ao Manuel de Melo, procurei obter informações para descortinar o porquê de tal medida, lançando no Portugal Club uma mensagem de pedido de esclarecimentos. A minha mensagem não veio a publico mas, entretanto, apareceu o “comunicado” do porta-voz do MNE e, mais tarde, Miguel Reis a por os pontos nos ii.
A ladainha do MNE era de pôr o comum dos cidadãos de pré-aviso. Tantas sanções e tantas suspensões, vindas de onde vêm, são logo de duvidar!
O MNE é useiro e vezeiro a castigar o pessoal dito subalterno. Os diplomatas, esses, ficam sempre ora inocentados, ora com sanções extremamente diminutas, devidos às circunstâncias atenuantes...
E têm havido “gaffes” de bradar aos céus! Aqui em Montreal, há uns anos, houve uma queixa. O MNE despacha um inspector diplomático para averiguar os autos. O denunciador das manobras acabou por ser castigado...

É que as averiguações são feitas por gente da mesma igualha. Todos primos, conhecidos, gente de punho de renda, de linhagem, que gere o Palácio das Necessidades como uma sua coutada no Alentejo.

Os funcionários recrutados localmente aos destacados sem estatuto diplomático, são considerados como outrora o eram os agricultores alentejanos, sem direitos e sujeitos à arbitrariedade dos patrões.

É por isso que a sanção ao Melo aparece agora e não é de todo inocente. Os PSD actuais não andam muito longe dos “fachos” da altura do Rui Patrício. Aliás, são descendentes directos desses. Os pais comeram na manjedoura do salazarismo e os filhos, agora, são “democratas”. Mas quando sentem que podem perder o poder democraticamente, abandonam todas as regras do jogo, recorrendo a toda a espécie de artimanhas. A matriz é a mesma. E convém que estejamos a atento a isso.

Por isso, reitero o meu apoio ao Melo e lanço um apelo a todos os participantes do PortugalClub do círculo “Europa” que votem na lista de que o Melo é candidato

Elegendo-o. será uma das maiores bofetadas de luva branca aos Carneiro Jacintos, Antonios Monteiros e Carlos Gonçalves.

Amadeu Moura»

domingo, janeiro 23, 2005

Solidariedade com Manuel de Melo

Não resisto a transcrever esta mensagem recebida da Suiça:

«Caros compatriotas

Hoje, dia 21 de Janeiro, às 7 da manhã, ao abrir o meu PC, fiquei a saber que o Manuel de Melo, candidato a deputado pelo Partido Socialista pelo Círculo da Europa, foi notificado de que o Ministro dos Negócios Estrangeiros o suspendeu como funcionário do Consulado Geral de Portugal em Genebra.

O Melo, funcionário exemplar (nota Muito Bom) e com um curriculum invejável, mais uma vez é confrontado com uma medida cobarde, provocadora, e altamente atentatória da sua dignidade de cidadão honesto, interveniente e irreverente perante os poderes instituídos.

O Melo, é um defensor intransigente dos portugueses”emigrantes”. É um Homem que tem provado ao longo da sua vida não virar a cara à luta, independentemente de saber que essa sua posição o tem prejudicado muitíssimo, e, em particular, à sua família.

Calar o Melo, já vários o tentaram calar.

Já lhe tiraram o pão da boca.

Mas enganem-se aqueles que ao longo destes últimos anos o têm incomodado quase mensalmente com processos disciplinares.

O Melo é feito de uma fibra muito especial.

Neste momento difícil para o Melo e para a sua família, era muito importante que todos aqueles que “conhecem” o Melo, se solidarizem com ele, o apoiem e repudiem veementemente a decisão do Ministro e do seu Secretário de Estado Carlos Gonçalves.

Vamos, “todos”, criar um verdadeiro movimento de apoio e solidariedade ao Melo denunciando e repudiando a decisão do Ministério.

A suspensão do Manuel de Melo, é altamente atentatória dos nossos direitos de cidadania, e merece a nossa total condenação, repulsa e indignação.



António Dias Ferreira - Suíça»


Mensagem de solidaridade de Manuel Carrelo

Manuel Carrelo escreveu no PortugalClub:
«Porque so agora tomei conhecimento da suspensao do Manuel Melo de exercer as actividades ao serviço do consulado de Genebra, que encarecidamente desempenhava, em beneficio dos utentes, queria, aqui, expressar a minha solidariedade, esperando que o povo português, que vive na Suiça saiba discernir no dia 20 de Fevereiro, para que lado está
a verdade e que a verdade lhe sorria.»
Resposta do Casimiro:
«Fica descansado Carrelo, que tudo isto é montagem. O Melo, está sendo punido, para precisamente isso, a Diáspora votar com dó, mas quem vai se eleger é a Sardinha mesmo. Vocês vão servir chamarisco!»
Tenho que dizer ao Casimiro que o afirma é imoral. E digo-o com conhecimento da causa. Não conheço ninguém que tenha sacrificado tanto a sua vida pessoal pelas Comunidades Portuguesas do que o Manuel de Melo.
Alguém arriscou o emprego como ele?
Tenham um bocadinho de decoro.

Comunicação e eficácia

Outra dica de José Maltez, sobre a entrevista de Santana:

«Assisti, por dever de cidadania, à entrevista televisiva de ontem, concedida pelo nosso Primeiro em "choque de gestão", e verifiquei como ela foi eficazmente hipnótica, marcada pelo ritmo da simpática desculpabilização, na melhor das intervenções públicas do presidente do PSD nos últimos quatro meses de golpes e embustes, sem levantamentos.
Porque Lopes é bem melhor neste nível do coloquial do que quando tenta aceder à dimensão mentirosa de homem de estadão, caindo no ridículo.
Para não falarmos no anedótico de quando envereda pelo populismo à Alberto João.»
Vamos ver até que ponto a comunicação é eficaz ou não.
Isso dependerá muito da evolução do clima nos media. É muito difícil ganhar contra a corrente; como é dificil um governo manter-se contra a corrente, que se gera no ambiente das redacções.
O que se conversas nos bas-fond, nos bares onde vão os jornalistas, nos cafés onde se trocam impressões tem uma importância inaudita.
E o Santana parece ser quem mais está a investir nestes espaços.

O regresso de Marcelo...

José Adelino Maltez está cada vez mais lúcido. Escreve hoje no blogue:
«Não foram precisas vinte e quatro horas para que o PSD reagisse às fintas do CDS, com Lopes a proclamar: só o PSD ou o PS podem ganhar as eleições. E Luís Felipe Menezes, assessorado por Marcelo Rebelo de Sousa, explicou melhor as ordens dadas pela central do argumentário de campanha: só há duas hipóteses do voto ter utilidade, votar Sócrates ou votar Santana para Primeiro-Ministro.
E Lopes acrescentou, sobre o CDS, que ele pode lutar por uma posição melhor, mas tem que respeitar os acordos; não pode fazer insinuações, mesmo que seja com mimos e carinhos equívocos. Porque o PSD não tem nada a aprender do parceiro em estabilidade, lealdade e competência.
Até lhe pode dar lições. E Menezes, à mesma hora, repetiu: que o CDS esgrima argumentos para aumentar o seu "score", mas não à nossa custa. Mais explícita foi a cabeça de lista por Beja: o meu objectivo é ser eleita e vou fazer esforços para ir buscar votos à coligação.
O voto do eleitorado do CDS-PP é, sem dúvida, um voto útil porque será impossível a esse partido eleger qualquer deputado neste círculo..
Marcelo Rebelo de Sousa apareceu na sua décima primeira campanha eleitoral, assim mostrando a razão que o levou ao silêncio.
Apareceu para criticar Sócrates: um guterrismo de segunda categoria, um guterrismo de segunda classe, clamando para não se passarem cheques em branco aos socialistas.
Opta, naturalmente, pelo cheque em Santana, com a cobertura de uma rectaguarda que passa, em primeira parangona do "Expresso" por Marques Mendes, que estaria preparado para assumir a liderança do PSD.
Depois de Rui Rio. Depois de Aguiar Branco. Marcelo dá o aval.
Santana Lopes preferiu ir às Caldas, com a benção de D. José Policarpo, inaugurar a barragem da Alvorninha, onde o edil local chamou ao presidente do respectivo partido um novo conquistador, à maneira de D. Afonso Henriques, o último líder nacional a visitar a terra, conforme o atestaria o Arco da Memória.
Não se sabe de D. José Policarpo terá gostado deste aproveitamento de uma cerimónia político-religiosa para um tempo de antena de campanha, em forma de notícia.
Já o psiquiatra Júlio Machado Vaz quase estragou a festa das Novas Fronteiras do PS, ao declarar que a memória dos portugueses também abarca o PS e a forma como, a coberto da teoria do pântano estendeu a passadeira vermelha ao Dr. Barroso que na altura não passava do futuro ex-líder do PSD, referindo que nas últimas eleições legislativas, em 2002, não votou no PS, apesar de ser liderado por Ferro Rodrigues, por se sentir traído pelos governos de António Guterres. Acrescentou: espero não ser ingénuo por voltar a acreditar.
O PS não se pode dar ao luxo de voltar a cometer os mesmos erros para não justificar aquela triste ideia de que, afinal, são todos iguais.»
Eu avisei na altura mas ninguém me ouviu.
Quando o PS se envolveu, da forma como se envolveu, na defesa de Marcelo Rebelo de Sousa no caso TVI, o meu comentário foi o de que estávamos perante uma descomunal manobra.
Marcelo estava apenas a melhorar a imagem, para aparecer mais tarde com mais força.
Marcelo nunca foi um comentador independente; é um homem comprometido com o seu partido, mas sobretudo com o seu próprio projecto.
Deram-lhe corda, aí o têm...

Bilhete aos homens da campanha

A primeira coisa que fiz hoje foi abrir o computador e olhar os sítios do PS e do PSD.
Há uma diferença abissal entre a riqueza do sítio do PSD e a pobreza do sítio do PS. Isso é preocupante.
Tenho a sensação de que temos uma vitória à mão e a vamos perder ser não alterarmos radicalmente as coisas.
Não resisti e enviei a José Sócrates esta mensagem:
«Parece-me que estamos a falhar, de forma muito grave, no uso da Internet. É domingo, passa do meio dia, e ainda não está disponível o programa de governo. A comunicação é muito fraca. Generalidades, generalidades, generalidades.
Temos uma vitória eleitoral à mão, de mão beijada, mas assim não vamos lá. A competência do PSD em matéria de comunicação é francamente superior.
De que é que nos vale ter as ideias e os projectos se não conseguimos comunicá-los? Não bastam as sínteses, que se fazem nas assembleias e nos comícios. É preciso produzir e difundir documentos, sem os quais a própria comunicação social não tem instrumentos de trabalho.»

Queixumes

Mais um queixume:

«Nunca me passou pela cabeça algum dia poder sentir ou sequer dizer isto: Tenho nojo de ser português. Ontem senti e disse isto alto e bom som, logo após afirmar ser Portugal um país filho da puta.
E como dói ter este sentimento pelo país onde nascemos e fomos criados.
Isto que parece ser um sentimento irreflectido de revolta, na realidade é o resultado de aprofundadas análises a muitos e frustrados contactos com a nossa representação consular em Londres.
Ontem, foi a gota de água. É que, concluí, o objecto da nossa representação consular não é, como seria de supor, servir os portugueses que vivem ou se deslocam a Londres mas, o de se servirem deles para justificar a sua própria existência. Porque servir uma comunidade de, dizem, cerca de 300.000 cidadãos é muito mais que seguir inflexivelmente as leis nacionais e as directrizes da Administração Pública que pretendem impor mas que são, na realidade, os primeiros a evadir. Sobretudo quando toca a assumir responsabilidades próprias.
Não estranhe o próximo Ministro dos Negócios Estrangeiros se, embrulhado em fino papel de seda e atado com um bonito lacinho aveludado, pouco depois da sua posse, receber o meu passaporte de cidadão nacional ao qual, muito respeitosamente, limpei o meu republicano anus. Afinal, até é um documento que não serve de identificação junto da representação consular, segundo fui informado...»

Quem vai fazer a revolução tecnológica?

Meus estimados camaradas:
Isto não pode ser, porque é ridículo. Como pode falar-se da pretensão de fazer uma revolução tecnológica se não se tem a capacidade de disponibilizar um texto em tempo real.
Por onde anda o Zé Magalhães?
Por onde é que anda uma série de gente competente que eu conheço no PS.
Há muita gente a sofrer, a querer ver o programa do futuro governo e... népia.
À hora deste post continua esta mensagem no site das Novas Fronteiras:
«Comissão Nacional do PS Aprova Programa Eleitoral
A versão Integral do Programa será em breve disponibilizada neste site. Continue aqui a acompanhar as Iniciativas das Novas Fronteiras que, um pouco por todo o país, vão continuar a acontecer. »
PS - Para quê tantas palavras com letra maiúscula? Foi o filho de algum alemão?

Apresentação do programa do PS

Estive no Forum Novas Fronteiras.
Encontrei amigos e muita esperança. Sei, porque conheço muitos deles, que está ali a nata do centro esquerda.
Fiquei preocupado pelo facto de ainda não haver papéis, com afirmações muito objectivas.
Mera táctica?
Talvez. Mas é um erro em termos de comunicação.
A vitória constroi-se dia a dia, mas para isso é preciso comunicar. E eu acho que as coisas estão a falhar nessa matéria.
O PSD está muito melhor organizado em matéria de propaganda. Ocupa mais tempo nas televisões. Diz mais coisas objectivas, que, mesmo que sejam mentira, entram no ouvido das pessoas.
Na madrugada procurei o anunciado programa no site do PS.
Ainda não estava lá... É um terrivel erro.
Apenas esta notícia...
«Um Governo liderado por José Sócrates voltará a ter o emprego como prioridade das políticas económicas. A garantia deixada pelo secretário-geral socialista na sessão pública de apresentação do Programa de Governo do PS, ao encerrar a Convenção Nacional do fórum “Novas Fronteiras” que esta tarde decorreu no Centro de Congressos do Estoril. “Nestas eleições há uma escolha entre continuidade e mudança, entre passado e futuro, entre resignação e esperança”, afirmou o líder do PS para quem "chega de incompetência, chega de episódios e chega de instabilidade. Entre a continuidade e a mudança ninguém pode hesitar", sustentou, para em seguida apresentar um programa eleitoral de “rigor, exigência, trabalho, vontade, energia e ambição para o futuro do país”.
Considerando não ser possível fazer milagres, o líder socialista não se resigna e por isso reitera a promessa de criar 150 mil novos empregos até 2009, tantos quantos foram perdidos ao longo dos últimos três anos de “más políticas”. Porque, para Sócrates "cada desempregado é mais do que um algarismo na estatística. Para nós, cada desempregado representa um drama familiar e uma capacidade que se desperdiça", enfatizou. No âmbito das políticas sociais, “não contem com o PS para governar sem coesão social”, sublinhou o líder socialista referindo depois que "o combate à pobreza tem de voltar a ser uma prioridade".
Aqui o objectivo é, no quadro de uma legislatura, retirar 300 mil idosos de situações de pobreza. "A pobreza dos idosos é aquela que não tem saída e que não tem voz. É a face mais dura da injustiça social", justificou.
Na agenda económica, a pedra de toque do programa socialista é o “plano tecnológico” e as palavras chave a ele associadas: inovação, conhecimento e tecnologia. “O eixo central do crescimento para a próxima década tem por base o base o plano tecnológico para recuperar o atraso e modernizar o país” afirmou o secretário-geral do PS.
Na estratégia delineada por Sócrates, para um desenvolvimento sustentável, figuram os compromissos de reduzir para metade o abandono escolar, incluir o inglês no ensino básico e uma forte aposta na ciência e tecnologia.
“ O que é verdadeiramente caro é a ignorância no país, não a educação” afirmou.
Nas finanças públicas, o líder socialista teceu duras crítica aos governos PSD/CDS-PP, acusando-os de terem proporcionado "um degradante espectáculo ao abusarem das receitas extraordinárias" para conterem o défice nos três por cento, tal como impõe o Pacto de Estabilidade e Crescimento da União Europeia.
Em relação à modernização da Administração Pública, Sócrates levará a cabo o processo de redução de 75 mil funcionários públicos em conjunto com as estruturas do sector.
Desdramatizando as consequências da medida constante no programa eleitoral do PS de reduzir, em quatro anos, em 75 mil, o número de funcionários públicos, o líder socialista afiançou que o processo não se fará "contra" o funcionalismo público.
Queremos contar com a Administração Pública no esforço de modernização", frisou. Perante as cerca de 2.000 pessoas no Centro de Congressos do Estoril, José Sócrates deu dois exemplos de como vai combater a “sério” a burocracia.
Passará a haver um cartão único que inclua os bilhetes de identidade, contribuinte, segurança social, saúde e eleitor e acabar-se-ão os dois documentos por cada automóvel. Será “um dois em um”, gracejou. A concluir a sua intervenção declarou que “Portugal precisa de um bom Governo, sério, competente e responsável” e nesse sentido concluiu “ o melhor do país está com o PS e deseja uma mudança política” Por sua vez, o coordenador do programa eleitoral do PS apelou ao voto nas eleições de 20 de Fevereiro para garantir um governo estável e devolver a estabilidade a Portugal.
"A abstenção é o nosso principal adversário nestas eleições", sublinhou António Vitorino no início dos trabalhos. A "Demagogia política na direita e mesmo na própria esquerda" foi também apontada pelo dirigente socialista como adversário a vencer. António Vitorino refutou as críticas dirigidas pelo líder do CDS/PP a José Sócrates, sobre a "exigência" da maioria absoluta, deixando explícito que o PS não "exige", antes pede para poder governar com estabilidade.
"Na nossa opinião, são os problemas do país que exigem um governo forte, credível, e lutar para que Portugal tenha estabilidade", frisou. Para o ex-comissário europeu, "um tal governo só pode emergir de uma maioria absoluta do PS na Assembleia da República". Lembrando que "é possível voltar a acreditar que Portugal é viável e vale a pena", Vitorino disse que "não há varinhas mágicas" e, por isso, os problemas não se podem resolver de um dia para o outro. No entanto, salientou que "não podem ser sempre os mesmos a pagar a factura", sobretudo quando são "os que menos têm e por isso mais sofrem".»
É muito pouco. E é mal feito para a informação escrita. Estaria bem, com uns retoques, se fosse para ler numa rádio.