Manuel Carrelo, emigrante nos Estados Unidos, divulgou o convite que lhe foi feito pelo PS e que é do seguinte teor:
Senhor Manuel Carrelo
Os meus cumprimentos.
Estando o PS interessado em incluir nas suas listas de Deputados pelo Círculo Fora-da-Europa um compatriota respeitável, interessado nas causas das comunidades e residente aí nos EUA, gostaria de saber da sua disponibilidade para esse efeito. É intenção proceder à rotatividade na Assembleia da Républica.
Ou seja; elegendo um Deputado por esse círculo, os restantes componentes tb terão assento no Parlamento rotativamente, não importando por isso a sua ordem, mas a equipa.Caso esteja disponível importa, por força da lei, que não tenha a dupla-nacionalidade, como parece ser o seu caso, certo? Posto isto, muito lhe agradecia uma resposta, ou qualquer questão que deseje abordar (haverá seguramente) para este endereço electrónico ou se assim entender através do meu tlm, sou
Fulano tal...
Respondeu Carrelo, segundo nos diz no post que colocou no PortugalClub, cuja grafia respeito integralmente:
Exmº Senhor:
Agradeço profundamente o facto de se ter lembrado de mim. Muito provavelmente amigosmeus quiseram tributar-me algum reconhecimento pelo facto de estar ligado as comunidadessem regatear esforços,no sentido de cumprir essa cumplicidade quase doentia que mantenhocom Portugal. Penso que sabe que nao sou militante de qualquer partido politico no nosso pais,muito embora em certas ocasioes, tivesse votado no PartidoSocialista. Se a proposta tem seriedade e no horizonte da politica do PS estiver:
- Defender por ocasiao de uma nova revisao constitucional,o aumento do numero de deputados para a emigraçao,
- Uma politica global para as comunidades portuguesas espalhadas pelo mundo diferindoconsoante a sua localizaçao geografica,na especialidade,
-Previligiar a defesa da cultura e lingua portuguesas,como investimento de Portugal no estrangeiro,
- Defender o associativismo portugues no mundo,- Reforçar os direitos democraticos dos emigrantes,muitos deles ainda por cumprir,
- Devolver a discussao publica a regionalizaçao,factor de desenvolvimento das regioes e consequentemente das comunidades portuguesas emigradas,entao sim estarei disponivel para o Partido Socialista, na legislatura que se aproxima.
Cordiais saudaçoes,
Manuel Carrelo-USA
Meu comentário no mesmo newsgroup:
Meus Amigos:
A posição adoptada por Manuel Carrelo não merece nenhuma crítica. Ele é um cidadão independente, convidaram-no e ele aceitou. A lista seria má demais se não tivesse uma pessoa das comunidades com alguma credibilidade. Carrelo é o isco e eu tenho a certeza, do que sei dele, que não se presta a fretes. A ingenuidade do seu post é suficientemente esclarecedora da sua boa fé. Escreve Carrelo entre as suas condições:“ Se a proposta tem seriedade e no horizonte da politica do PS estiver:
- Defender por ocasião de uma nova revisão constitucional,o aumento do numero de deputados para a emigração,
- Uma politica global para as comunidades portuguesas espalhadas pelo mundo, diferindo consoante a sua localizaçao geografica,na especialidade,
-Previligiar a defesa da cultura e língua portuguesas, como investimento de Portugal no estrangeiro,
- Defender o associativismo português no mundo,
- Reforçar os direitos democráticos dos emigrantes, muitos deles ainda por cumprir,
- Devolver a discussao pública a regionalização, factor de desenvolvimento das regiões e consequentemente das comunidades portuguesas emigradas,entao sim estarei disponivel para o Partido Socialista, na legislatura que se aproxima.
”Será que o PS aceitou estas condições? Ou que Carrelo negociou outras?”
Se o PS – não sei quem foi o interlocutor aceitou – é extremamente positivo, a não ser que tenham enganado o Manuel Carrelo. Vamos ver se esses objectivos programáticos figurarão no programa de Governo e o que fará Manuel Carrelo para que conste. Era bom saber quem assinou o convite e saber que compromisso assumiu o PS com o independente Manuel Carrelo. O post tem uma outra virtude que é a de demonstrar que o PS se está marimbando para os seus militantes fora do País.
O melhor é fechar as secções e as Federações, para facilitar o nepotismo institucionalizado no partido.