O Jornal da Band, um dos mais prestigiados do Brasil, abriu ontem com uma notícia dramática.
Uma criança de 4 anos, filho da uma russa e de um português, é separada da mãe e do pai, porque está indocumentada e o Consulado Geral de Portugal em S. Paulo não habilita os pais com os documentos indispensáveis para que ela possa sair do Brasil.
Aí está a parta da triste história que eu não queria contar, porque tive até à última hora a esperança de que houvesse um mínimo de bom senso, de competência e de respeito.
Joulia partiu para Moscovo.
O pai, Miguel, ficou mais um dia na mesma expectativa de que haja bom senso, competência de alguém e um mínimo de respeito.
Se até às 15 horas de hoje o Consulado de Portugal não emitir um titulo de viagem para o menor, Miguel terá que partir para Genebra e deixar o miudo ao taxista que o acompanha em S. Paulo nos últimos meses.
Esta criança está absolutamente indocumentada, não pode ser identificada para nada, não pode sequer ser embarcada num avião, num voo interno para Brasilia, onde o pai pensou deslocar-e e tentar influenciar a Embaixada de Portugal.
O risco é altíssimo.
O menor, que está no Brasil há quinze meses, não se distingue de qualquer outro garoto brasileiro.
Qualquer pessoa o pode registar no Brasil, documentá-lo e ficar com ele.
Mas o pessoal da nossa representação externa é absolutamente insensível para compreender isto.