A negra que me disse que eu não deveria sair de Salvador - e muito menos sair para S. Paulo - acertou.
Menos de oito horas depois da profecia e três horas depois da descolagem do avião, pouco depois de chegar a S. Paulo fui invadido pela febre.
Uma febre estranha, horrivel, que não é carne nem é peixe.
Não sabe a gripe, nem a afecção intestinal mas magoa, incomoda, faz rogar pragas, dá vontade de apanhar o avião de volta e chegar lá ao pé da negra e perguntar: «como é que você sabia, quem lhe encomendou o sermão, não acha que é injusto? ainda por cima dei-lhe dez reais...»