A resposta do Embaixador Seixas da Costa, com o hermetismo próprio da linguagem diplomática, parece-me clara no sentido de que
a) A Embaixada não pretende ingerir politicamente no Consulado Geral de Portugal em S. Paulo, respeitando a sua autonomia e a sua responsabilidade;
b) A Embaixada remete para Lisboa toda a responsabilidade para a solução do problema.
O que está agora em causa é a emissão de um titulo de viagem para que o Sr. William, o taxista; possa enviar a criança para Lisboa.
A Embaixada não pode emitir esse titulo de viagem.
A competência para a emissão de tal título é do Consulado Geral de Portugal em S. Paulo.
Quando pedi a intervenção do Secretário de Estado das Comunidades, remeteram-me para a Embaixada de Portugal em Brasilia.
O que me parece que o Embaixador pretende agora dizer é que quem tem que dar ordens a S. Paulo e acabar com esta pouca vergonha é o Ministério dos Negócios Estrangeiros, que continua guardar o mais veemente silêncio.
Francamente também penso que é assim, tanto do ponto de vista jurídico como do ponto de vista político.
Quem está a furtar-se a assumir as suas responsabilidades é o Secretário de Estado das Comunidades.