quinta-feira, novembro 10, 2005

Os advogados não são precisos para nada. No Consulado não entram advogados

Segunda-feira, dia 7 era a data que nos tínhamos imposto como limite.
Pedi ao Roberto Linhares, um cearense muito diplomático e calmo, que acompanhasse Miguel e Joulia à repartição.
Depois de muita insistência, conseguiu que deixassem entrar os nossos clientes. Mas ele, apesar de identificado como advogado inscrito na OAB, foi impedido de entrar com o argumento de que advogados não são desejáveis no Consulado de Portugal.
Teria sido muito útil que o tivessem deixado entrar, para que ele pudesse ajudar a construir uma solução e pudesse dar todos os esclarecimentos que fossem necessários.
Assim, a reunião não duraria mais do que meia hora.
O funcionário que os atendeu, depois de os ouvir, falou com a vice-cônsul e trouxe uma resposta: «não é possivel fazer nada».
Insistiram, como lhes tinhamos explicado, que pretendiam apenas declarar num serviço português o registo do seu filho e que pretendiam um documento de viagem para trazer a criança para Portugal.
Invocaram até as disposições legais que, por cautela e adivinhando o que poderia acontecer, tinhamos escrito num papel que entregamos a Miguel.
Como é compreensível, sairam do Consulado absolutamente desesperados.