quinta-feira, novembro 10, 2005

Um silêncio comprometedor...

Deitei-me tarde na segunda e levantei-me cedo na terça-feira.
Acreditei que as pessoas contactadas não fossem tão insensíveis como são.
O paradoxo está em que a solução é simplissíssima. Nada justifica que por coisa tão simples se cause tanto sofrimento.
É certo que as deficiências são enormes e a incompetência é chocante. Mas para uma coisa tão simples... como é que é possivel.
Esperamos toda a manhã que um telefone toque, porque Joulia tem que partir dentro de 24 horas.
Nada...
Às 13h30 resolvi enviar ao Secretário de Estado António Braga a mensagem que mandei no dia anterior ao Embaixador:


Exmº Senhor Secretário de Estado:

Depois de ter falado, ontem, com a sua secretária enviei esta mensagem ao Dr. Seixas da Costa.
Não acho que dê em nada porque tenho a ideia de que o Embaixador não quer «intrometer-se» no que se passa em S. Paulo.
Já mo disse, aliás, de forma mais ou menos expressa, a propósito de uma outra questão recente.
Como ninguém nos ouve… vamos ter que procurar outros meios para resolver estes problemas.
As minhas desculpas por ter incomodado.
Cumprimentos

...


O único resultado desta mensagem foi uma intriga.
António Braga não fez rigorosamente nada.

Tenho a sensação de que isto está entregue aos bichos.
Decido ir mesmo ao Consulado e não sair de lá enquanto não me deixarem entrar.
Só temos duas soluções para resolver este problema:
a) Um processo administrativo em Lisboa, que ponha o Consulado na ordem;
b) A denúncia à comunicação social brasileira.

Isto é um escândalo que tem que ser denunciado.
Pela amostra, sei que só conseguirei entrar se pedir a ajuda dos meus amigos da imprensa, da rádio ou da televisão.

Decidimos avançar os três para o Consulado.
Depois de conferenciar com os clientes, telefono para a Bandeirantes e conto a história.
Combinamos que me ligam meia hora depois...